jeudi 10 janvier 2019

Affonso Romano de Sant'Anna



Affonso Romano de Sant'Anna, écrivain et poète brésilien, né à Belo Horizonte, le 27 mars 1937

Escritor e poeta brasileiro, nasceu em Belo Horizonte (Brasil), no dia 27 de março de 1937.

Je vous presente un de ses poèmes: "Va, vieille année"

Vai, ano velho

Vem, Ano Novo, vem veloz,
vem em quadrigas, aladas, antigas
ou jatos de luz moderna,
vem, paira, desce, habita em nós,
vem com cavalhadas, folias, reisados,
fitas multicores, rebecas,
vem com uva e mel e desperta
em nossso corpo a alegria,
escancara a alma, a poesia,
e, por um instante, estanca

o verso real, perverso, 
e sacia em nós a fome 
-de utopia.

Vem na areia da ampulheta com a
semente que contivesse outra se-
mente que contivesse ou-
tra semente ou pérola
na casca da ostra
como se
se
outra se-
mente pudesse
nascer do corpo e mente
ou do umbigo da gente como o ovo
o Sol a gema do Ano Novo que rompesse
a placenta da 

noite em viva flor luminescente.

Adeus, tristeza:

a vida é uma caixa chinesa
de onde brota a manhã.
Agora é recomeçar.
A utopia é urgente.
Entre flores de urânio

é permitido sonhar.

Affonso Romano de Sant'Anna


Vamos brincar às poesias com a Prof.ª Lourdes porque
CHEGAMOS A 67ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO. E aqui segue a minha participação, é sempre com muito gosto que respondo ao amável convite da amizade !
A 4ª Imagem- Reveillon na orla marítima, muitos fogos e um casal se banha nas águas do mar, foi inspiradora. Do blogue:


Ano novo

Vem, vamos lavar as nossas mágoas,
E afogar a nostalgia,
De um ano que finda na praia,
Com relentos, e perfumes a maresia.

Vem, vamos caminhar de mãos dadas,
No meio de uma baía,
E admirar redemoinhos de luzes.
No céu iluminado, nova vida se anuncia.

Vamos saudar os milhares de preces
Que se erguem em direção às estrelas,
Cores do arco-íris, e votos de muita alegri
a

Que o novo ano presencia!

Mas diz a lua que não entende
- Porquê tão grande folia?
Como me oriento, como trabalho,
Sem o escuro que me guia?!

E a pequena nuvem apavorada
Chama um anjo e lhe confia:
- Será noite de trovoada,
Será dos humanos, magia ?!

 Angela