(Ouro Preto, 1779 — Rio de Janeiro, 1868)
fille du sargent-major Francisco Sanches Brandão et de Isabel Feliciana Narcisa de Seixas,
poètesse, traductrice, musicienne et éducatrice, née au Brésil pendant la période coloniale.
C'est son arrière grand-père Francisco Sanches Brandão qui avait quitté la ville de Porto, au Portugal, pour aller vivre au Brésil.
Voa, suspiro meu, vai diligente,
Busca os Lares ditosos onde mora
O terno objeto, que minha alma adora,
Por quem tanta aflição meu peito sente.
Ao meu bem te avizinha docemente;
Não perturbes seu sono: nesta hora,
Em que a Amante fiel saudosa chora,
Durma talvez pacífico e contente.
Com os ares, que respira, te mistura;
Seu coração penetra; nele inspira
Sonhos de amor, imagens de ternura.
Apresenta-lhe a Amante, que delira;
Em seu cândido peito amor procura;
Vê se também por mim terno suspira.
(Beatriz Brandão)
J'ai fait la traduction en amateur, de ce sonnet aux empreintes de lyrisme Romantique, où les sentiments de l'amour sont à l'honneur:
Cherche les radieux lieux où vit
Le tendre objet, que mon âme adore,
Pour qui tant d'affliction ma poitrine ressent.
À mon bien-aimé, l'approche doucement;
Ne dérange pas son sommeil: à l'heure,
Où sa fidèle Amante de désir pleure,
Peut-être dort-il paisible et content.
Avec l'air, qu'il respire, va t'assembler;
Pénètre son coeur; en lui inspire
Des rêves d'amour, de douces pensées.
Présente-lui l'Amante, qui délire;
Dans sa candide poitrine l'amour elle cherche;
Vois aussi si pour moi, tendre il soupire.
Transcritos de publicações da internet, alguns detalhes da vida de Beatriz Brandão: Ou D. Beatriz, como assinava suas obras foi uma poetisa, música, colunista, professora e tradutora que viveu em Minas e no Rio de Janeiro nos séculos XVIII e XIX. Nascida em 29 de Julho de 1779, na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), a poeta era prima de Maria Doroteia de Seixas Brandão, a Marília de Dirceu; casou-se com o Alferes Vicente Baptista de Alvarenga e se lhe divorciou em 1839 pelo Juízo Eclesiástico, por ser vítima de maus tratos dele. A partir daí, ela se muda para o Rio de Janeiro, onde passa a publicar os poemas que sempre escrevera; contribuiu para os jornais Marmota Fluminense e Guanabara. Após publicar suas obras no Parnaso Brasileiro, ela as compila e publica um livro de poesia - Cantos da mocidade - e, em seguida, um segundo livro: Carta de Leandro a Hero, e Carta de Hero a Leandro, ambos no Parnaso Brasileiro. Ela morre em 05 de fevereiro de 1868, no Rio de Janeiro. É patrona da cadeira nº 38 da Academia Mineira de Letras. Et encore un deuxième sonnet de Beatriz Brandão: SONETO Que tens, meu coração? Porque ansioso Te sinto palpitar continuamente? Ora te abrasas em desejo ardente, Outra hora gelas triste e duvidoso? Uma vez te abalanças valeroso A suportar da ausência o mal veemente; Mas logo esmorecido, descontente, Abandonas o passo perigoso? Meu terno coração, ela, resiste, Não desmaies, não tremas; pode um dia Inda o Fado mudar o tempo triste. Suporta da saudade a tirania, Que ainda verás feliz, como já viste, Raiar a linda face da alegria. (Beatriz Brandão) |
Poesia deslumbrante que me fascinou ler. Puro fascínio poético
RépondreSupprimer.
As maiores felicidades
Abraço
O poema é divino!:)
RépondreSupprimer.
Mundo louco...
.
Beijo, e uma boa tarde!
Lindo e bem construído soneto! beijos, chica
RépondreSupprimerNão conhecia e é lindíssimo.
RépondreSupprimerExemplos perfeitos da 'Árcade', período literário brasileiro do Século XVIII...
RépondreSupprimerGostei de ler esta escritora.
Tudo pelo melhor. Beijinho, Angela.
~~~~~~~~~~~~
Apesar de andar sempre a pesquisar poetisas para o meu A mulher e a poesia, não conhecia esta Beatriz Brandão e gostei muito de ler.
RépondreSupprimerAbraço, saúde e bom fim de semana
Seu coração penetra; nele inspira
RépondreSupprimerSonhos de amor, imagens de ternura.
Apresenta-lhe a Amante, que delira;
Em seu cândido peito amor procura;
Vê se também por mim terno suspira.
(Beatriz Brandão)
Bom dia de domingo, querida amiga Ângela!
Suas escolhas nos enriquecem.
Não conhecia a escritora.
Gosto de ler poemas novos..
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno
Boa tarde de domingo, querida amiga Ângela!
SupprimerVocê está aqui com carinho e gratidão:
https://espiritual-marazul.blogspot.com/2020/12/o-amor-e-tecido-na-infancia-inspirada.html
Tenha ótima semana nova!
🍀🙏🏠😇☃️🌲😘
Não conhecia esta poetisa.
RépondreSupprimerObrigado pela partilha.
Bom resto de semana, querida amiga Ângela.
Beijo.
Angela, que grata descoberta você nos apresenta esta Beatriz. Mineira das terras de Ouro Preto onde jazia Tiradentes e poetas como Claudio Manoel, ligação forte com politica e poesia sobre as pedras de minério da cidade. Sonetos lindos doloridos do desamor, desencanto.
RépondreSupprimerAmei poder ler e conhecer esta poetisa das Gerais.
Grato amiga.
Carinhoso abraço e feliz semana.
Olá, Ângela, que é feito de ti? Estás bem de saúde e bem longe da Covid-19, assim o espero e quero.
RépondreSupprimerEu estou bem, segundo penso, e dando aulas presenciais, como habitualmente, mas com muito cuidado.
Tenho-te estranhado e não te tenho encontrado na blogosfera, mas a situação k vivemos não nos deixa sossegar e estar em paz.
Não conhecia esta poetisa brasileira, nascida no século VXII e que teve uma brilhante carreira.
Gostei dos dois sonetos, mas nota-se que não foi bem amada, algo que qualquer mulher deseja.
Beijos e muita saúde para ti e para os teus. É nestes momentos, e não só, que nos devemos unir e puxarmos todos para o mesmo lado.
A natureza não perdoa os nossos erros, mas tenhamos esperança.
Saúde, minha amiga e cuida-te!
Essa poeta fugiu dos padrões femininos
RépondreSupprimerda sua época.
Palmas e beijos por sua coragem.
Angela, um beijo.