"Tu m'as appris à faire une maison", je vous présente un poème du poète portugais Joaquim Pessoa.
née le 22 février 1948 à Barreiro (ville du Portugal)
Tu ensinaste-me a fazer uma casa:
com as mãos e os beijos.
Eu morei em ti e em ti meus versos procuraram
voz e abrigo.
E em ti guardei meu fogo e meu desejo. Construí
a minha casa.
Porém não sei já das tuas mãos. Os teus lábios perderam-se
entre palavras duras e precisas
que tornaram a tua boca fria
e a minha boca triste como um cemitério de beijos.
Mas recordo a sede unindo as nossas bocas
mordendo o fruto das manhãs proibidas
quando as nossas mãos surgiam por detrás de tudo
para saudar o vento.
E vejo teu corpo perfumando a erva
e os teus cabelos soltando revoadas de pássaros
que agora se recolhem, quando a noite se move,
nesta casa de versos onde guardo o teu nome.
Joaquim Pessoa, in 'Os Olhos de Isa'
com as mãos e os beijos.
Eu morei em ti e em ti meus versos procuraram
voz e abrigo.
E em ti guardei meu fogo e meu desejo. Construí
a minha casa.
Porém não sei já das tuas mãos. Os teus lábios perderam-se
entre palavras duras e precisas
que tornaram a tua boca fria
e a minha boca triste como um cemitério de beijos.
Mas recordo a sede unindo as nossas bocas
mordendo o fruto das manhãs proibidas
quando as nossas mãos surgiam por detrás de tudo
para saudar o vento.
E vejo teu corpo perfumando a erva
e os teus cabelos soltando revoadas de pássaros
que agora se recolhem, quando a noite se move,
nesta casa de versos onde guardo o teu nome.
Joaquim Pessoa, in 'Os Olhos de Isa'
Tu m'as appris à faire une maison
Tu m'as appris à faire une maison:
avec les mains et les baisers.
J'ai vécu en toi et en toi mes vers ont cherché
voix et abri.
Et en toi j'ai gardé mon feu et mon désir. J'ai construit
ma maison.
Mais je ne sais plus où sont tes mains. Tes lèvres sont perdues
entre des mots durs et précis
qui ont rendu ta bouche froide
et ma bouche triste comme un cimetière de baisers.
Mais je me souviens de la soif qui unissait nos bouches
qui mordaient le fruit des matins interdits
quand nos mains apparaissaient de partout
pour saluer le vent.
Et je vois ton corps qui parfumait l'herbe
Et tes cheveux qui libéraient des volées d'oiseaux
qui maintenant se refugient, quand la nuit se déplace,
dans cette maison de vers où je garde ton nom.
image du net
Joaquim Maria Pessoa (Barreiro, 22 de fevereiro de 1948), conhecido por Joaquim Pessoa, é um poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica português.