Virgínia Vitorino, professeur, romancière, et poétesse portugaise, née en 1895 à Alcobaça (ville portugaise du district de Leiria), et décédée à Lisbonne en 1967.
Virgínia de Sousa Vitorino, mais conhecida por Virgínia Vitorino (Alcobaça, 13 de agosto de 1895 — Lisboa, 21 de dezembro de 1967), foi uma professora, poetisa e dramaturga portuguesa. Recebeu o Prémio Gil Vicente em 1938.
"..Remorso de viver e perder as oportunidades, e, no ápice de acordar pra vida, percebe-se que já é tarde para voltar atrás e mudar a história. O tempo é implacável..."
com a sensibilidade feminina da poetisa portuguesa
Renúncia
Fui nova, mas fui triste; só eu sei
como passou por mim a mocidade!
Cantar era o dever da minha idade…
Devia ter cantado, e não cantei!
Fui bela. Fui amada. E desprezei…
Não quis beber o filtro da ansiedade.
Amar era o destino, a claridade…
Devia ter amado, e não amei!
Ai de mim! Nem saudades, nem desejos;
nem cinzas mortas, nem calor de beijos…
— Eu nada soube, nada quis prender!
E o que me resta? Uma amargura infinda:
ver que é, para morrer, tão cedo ainda,
e que é tão tarde já para viver!
Virgínia Vitorino
Renoncer
J'étais jeune, mais j'étais riste; moi seule sais
comme la jeunesse m'a devancée!
La chanson était une obligation pour mon âge…
J'aurais du chanter, et je ne l'ai pas fait!
J'étais belle. J'étais aimée. Et je méprisais…
Je n'ai pas voulu boire le filtre de l'anxiété.
L'amour était le destin, la clarté…
J'aurais du aimer, et je ne l'ai pas fait!
Pauvre de moi! Ni nostalgie, ni désirs;
ni cendres mortes, ni la chaleur des baisers…
— Je n'ai rien su, je ne voulus rien retenir!
Et que me reste-t-il? Une amertume sans fin:
de voir qu'il est, pour mourir, trop tôt encore,
et que pour vivre il est déjà trop tard!
Um belo poema escolhido nesta tradução da vida onde há a frustração diante o fim de uma vida, que poderia ter sido movimentada e plena. Devia ter amado mais e sonhado mais.
RépondreSupprimerGrata partilha amiga.
Uma feliz semana para você.
Abraços
Maravilhosa publicação!!! :)
RépondreSupprimer*
Momentos indecisos...
*
Beijo, e uma boa noite!
Boa noite de paz, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerQuem não ama só tem a perder do sabor da vida.
Uma sensibilidade do seu post maravilhosa.
Sempre há tempo de se amar verdadeiramente o que a vida nos nega mais jovem.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão e estima
Obrigado por dar a conhecer! Bj
RépondreSupprimerGostei muito de conhecer esta Poetisa,
RépondreSupprimerUm olhar tão sofrido sobre a vida.
Muito obrigada.
Abraço
Olinda
Um poema cheio de uma melancolia que dói. Não conheço a poesia de Virgínia Vitorino. Gostei de a encontrar aqui.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Publicação poética lindíssima que amei ler. Grato pela partilha .
RépondreSupprimer.
Cumprimentos poéticos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Poema maravilhoso e como sempre, muito bom aqui passar! beijos, tudo de bom,chica
RépondreSupprimer