Femme poétesse, Delfina Benigna da Cunha est née à São José do Norte, Rio Grande do Sul, à l'époque du Brésil colonie portugaise
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Devenue aveugle toute petite, à vingt mois, suite aux complications de la variole, Delfina a néanmoins bénéficié d'une solide éducation qui lui a permis de poursuivre des études littéraires et de devenir une poétesse dès l'âge de douze ans.
Portrait de Delfina Benigna da Cunha.
Delfine écrit un sonnet sur son malheur de d'être devenue aveugle à l'âge de vingt mois, vingt fois la lune d'argent...
. SONETO (Delfina Benigna da Cunha)
Vinte vezes a lua prateada
Inteira o rosto seu mostrado havia,
Quando um terrível mal, que então sofria,
Me tornou para sempre desgraçada.
De ver o céu e o sol sendo privada,
Cresceu a par comigo a mágoa ímpia;
Desde a infância a mortal melancolia
Se viu em meu semblante debuxada.
Sensível coração deu-me a natura,
E a fortuna, cruel sempre comigo,
Me negou toda a sorte de ventura;
Nem sequer um prazer breve consigo:
Só para terminar minha amargura
Me aguarda o triste, sepulcral jazigo.
Avec ma traduction d'amateur:
Vingt fois la lune d'argent
Intière son visage avait montré,
Quand un mal terrible, dont alors je souffrais,
M'a rendue pour toujours affligeante.
De voir que du ciel et du soleil j'en étais privée,
Une impie affliction en moi a grandi;
Dès l'enfance la mortelle mélancolie
S'est vue sur mon visage esquissée.
Un cœur sensible m'a donné la nature,
Et la fortune, avec moi toujours cruelle,
M'a refusé toute chance de bonheur;
Pas même un bref plaisir je ressens:
Pour mettre fin à ma triste amertume
Seul le lugubre tombeau sepulcral m'attend.
Nascida na Estância do Pontal, em São José do Norte, Delfina era filha de Joaquim Fernandes da Cunha, capitão-mor da guarda portuguesa local, responsável pela guarda do litoral, e Maria Francisca de Paula e Cunha, sendo a oitava de novo filhos.
Aos vinte meses de vida, ela foi completamente privada da visão, devido a uma epidemia de varíola que afligiu a região. Apesar disso, recebeu uma sólida educação, enraizada na cultura clássica e portuguesa, que tornou possível sua formação intelectual.
Aos doze anos, já estaria alfabetizada e escrevendo poemas, como "Colcheia escrita aos doze anos de idade", Wikipedia
Devido à Revolução Farroupilha (1835-1845), exilou-se no Rio de Janeiro; aí faleceu em 13 de abril de 1857.
A Natureza e o Amor (Delfina Benigna da Cunha)
Combatem minha razão.
Até Júpiter, Senhor
De tudo quanto há criado,
Estreitamente é ligado
À Natureza e Amor.
Se este Deus, que é superior
Vive sujeito à paixão:
Como há de o meu coração
Libertar-se deste mal,
Se Amor com arma fatal
Combate a minha razão?
"Com a morte do pai em 30 de agosto de 1825, Delfina da Cunha perdeu seu amparo financeiro, mas conseguiu obter uma pensão vitalícia de D. Pedro I, em reconhecimento dos serviços militares de seu pai, após escrever um soneto-apelo ao imperador, garantindo, assim, sua sobrevivência..."
(imagem da internet)
Soneto brilhante
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Cumprimentos poéticos
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Poema: A Lua de Mel de um Gafanhoto
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Verdade Ricardo, no poema a poetisa Delfina da Cunha exteriorizava o seu desgosto e infelicidade por ter ficado cega aos 20 meses de idade
SupprimerDelfina não traz boa memória.
RépondreSupprimerBoa semana