"... Jacinta Passos, écrivain et poète brésilienne, est devenue l'une des journalistes les plus actives de Bahia dans les années 40, écrivant sur les sujets qui l'intéressaient le plus, pour lesquels elle s'est battue: la politique, les transformations sociales et la position des femmes dans la société...
Elle a également collaboré avec des journaux et des magazines à Rio de Janeiro et à São Paulo. Membre du Parti communiste brésilien de 1945 jusqu'à sa mort en 1973, elle a consacré une grande partie de sa vie à la lutte clandestine et quotidienne pour un Brésil moins injuste.." (info du net)
"...Jacinta Passos, escritora e poetisa brasileira, tornou-se uma das mais ativas jornalistas da Bahia na década de 40, escrevendo sobre os assuntos que mais a interessavam, pelos quais lutava: política, transformações sociais e posição da mulher na sociedade. Colaborou também com jornais e revistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Militante do Partido Comunista Brasileiro de 1945 até a morte, em 1973, dedicou grande parte da vida ao trabalho penoso, clandestino e cotidiano de luta por um Brasil menos injusto" (informação da internet)
Cantigas das mães
(para minha mãe)
Fruto quando amadurece
cai das árvores no chão,
e filho depois que cresce
não é mais da gente, não.
Eu tive cinco filhinhos
e hoje sozinha estou.
Não foi a morte, não foi,
oi!
foi a vida que roubou.
Tão lindos, tão pequeninos,
como cresceram depressa,
antes ficassem meninos
os filhos do sangue meu,
que meu ventre concebeu,
que meu leite alimentou.
Não foi a morte, não foi,
oi!
foi a vida que roubou.
Muitas vidas a mãe vive.
Os cinco filhos que tive
por cinco multiplicaram
minha dor, minha alegria.
Viver de novo eu queria
pois já hoje mãe não sou.
Não foi a morte, não foi,
oi!
foi a vida que roubou.
Foram viver seus destinos,
sempre, sempre foi assim.
Filhos juntinhos de mim,
Berço, riso, coisas puras,
briga, estudos, travessuras,
tudo isso já passou.
Não foi a morte, não foi,
oi!
foi a vida que roubou.
Jacinta Passos em "Nossos poemas" - 1942
"...Jacintha Velloso Passos nasceu na fazenda Campo Limpo, município de Cruz das Almas, Recôncavo da Bahia, (Brasil), em 30 de novembro de 1914. Pertencia a família tradicional do lugar. Seu bisavô paterno, Manoel Caetano de Oliveira Passos, conhecido como "o velho", português de aspeto sisudo, no século XIX fora um dos fundadores do arraial de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Cruz das Almas. Themístocles da Rocha Passos, depois de firmar-se na política local, tornou-se figura proeminente na Bahia, durante a monarquia e início da república. O pai de Jacinta, Manoel Caetano da Rocha Passos, nasceu em 1884, portanto ainda durante o império e a vigência da escravidão..." (informação da internet)
Voici ma traduction d'amateur
Chansons des mamans
(pour ma mère)
(pour ma mère)
Le fruit à maturité
tombe des arbres sur le sol,
tombe des arbres sur le sol,
et le fils après avoir grandi
ne nous appartient pas, non plus.
J'ai eu cinq enfants petits
Et aujourd'hui seule je suis.
Et aujourd'hui seule je suis.
Ce n'est pas la mort, mais non,
oh!
c'est la vie qui me les a volés.
Si mignons, si petits,
comme ils ont vite grandi,
mieux aurait été qu'ils restent bébés
les enfants de mon sang,
que mon ventre a conçus,
que mon lait a nourris.
Ce n'est pas la mort, mais non,
oh!
c'est la vie qui me les a volés.
Une mère vit de nombreuses vies.
Les cinq enfants que j'ai eus
ont par cinq multiplié
mes douleurs, mes joies.
Je voudrais revivre ma vie
car aujourd'hui mère je ne suis.
Ce n'est pas la mort, mais non,
oh!
c'est la vie qui me les a volés.
Ils sont partis vivre leur destin,
cela a toujous été ainsi.
Mes enfants contre moi serrés,
Berceau, rires, choses pures,
disputes, études, pitreries,
tout cela est déjà du passé.
Ce n'est pas la mort, mais non,
oh!
c'est la vie qui me les a volés.
J'avais souhaité publier le poème le 1er juin, date dediée à la Journée Internationale de l'Enfant, mais simplement, j'ai pris du retard!
Fantástica publicação e imagens, naturalmente!
RépondreSupprimer-
Beijos.
Bom fim de semana!:)
Um belo poema de uma poetisa que não conhecia.
RépondreSupprimergrata pela partilha.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Olá, Ângela
RépondreSupprimerGostei imenso deste poema. Não conhecia o poema nem a autora, mas fiquei com vontade de saber mais...
Vou investigar.
Votos de um Domingo feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Pelos poemas expostos é fácil reconhecer que Jacinta Passos foi uma escritora/poetisa de eleição.
RépondreSupprimerPoemas lindíssimos sem dúvida. Elogiável publicação.
.
Votos de um domingo feliz
Cumprimentos poéticos
Não conhecia, confesso.
RépondreSupprimerBoa semana
Obrigado por dar a conhecer e gosto muito!!!
RépondreSupprimerBoa semana!
Foi bom ler este poema de Jacinta Passos que não conheço. Obrigada pela partilha.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Uma poesia excelente e plena em sentimentos!
RépondreSupprimerAbraços fraternos!
Jacinta Passos surgiu dos versos
RépondreSupprimere em versos se tornou. Bonito falar
dos filhos pequenos ou não, mas sempre
crianças aos nossos olhos.
Obrigado, Ângela querida pelos versos
bonitos que me tocaram.
Beijos com máscara.
Independente de sua luta o país continua
RépondreSupprimerinjusto e quanto ao comunismo, que na
concepção da palavra deveria ser igualdade
para todos não foi além das pernas. Entre
as coisas boas que deixou ficou a sua
poesia Jacintha. Ficou onde vc as deixou,
inclusive em nossas lembranças.
Beijos, Ângela e boa noite.
RépondreSupprimerGracias por apotacion en el blog
me alegra que pases a visitarme
cuidate mucho
Besos
Que belo achado na sua pagina Angela.
RépondreSupprimerNão tinha ouvido falar desta grande mulher aqui na Bahia, deve ser por ter sido da linha comunista. Que poesia sentida esta da mãe e os filhos numa realidade de muitas mães.
Vou pesquisar sobre ela, gostei de saber de mais esta grande mulher por aqui, onde teve Ana Neri.
Grato Angela por nos apresentar esta beleza.
Meu abraço com carinho.
Bom dia de nova semana, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerQue fotos bonitas! Dos frutinhos e da flor do mandacaru que adoro.
"Eu tive cinco filhinhos
e hoje sozinha estou.
Não foi a morte, não foi,
oi!
foi a vida que roubou."
Um poema de emocionar...
Não conhecia a escritora, muito obrigada por partilhar.
Tenha dias abençoados, amiga!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Angela!
RépondreSupprimerComo sempre postagens inspiradas.
cheirinhos
Rudy
Olá ! bom dia. Meu nome é Maria, estou começando um Blog agora, adorei o seu Blog, e estou te seguindo, venha me visitar !!!
RépondreSupprimerhttps://epossivelsonhar46.blogspot.com/