Je vous invite à faire la connaissance d'une femme de lettres et poétesse portugaise, née au 18e siècle:
Leonor de Almeida (pseudonyme: Alcipe).
Cette poétesse appartenait à la noblesse portugaise. Grand nombre de ses oeuvres ont été rédigées lorsqu'elle a vécu dans le couvent de Chelas (à Lisbonne) où elle est rentrée à l'âge de 8 ans, en même temps que sa soeur de 6 ans, après que son père ait été acccusé d'avoir participé à un attentat contre le roi.
Elle en sortit en 1777, au bout de 18 ans.
Selon plusieurs publications, durant ces années au couvent, Leonor aura étudié les oeuvres de Rousseau, Gray, Young, Corneille et Racine entre autres, dont elle traduisait les écrits. Elle apprit l'allemand, l'anglais, l'italien, le français, le latin et l'arabe.
Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre, Marquesa de Alorna,
(São Jorge de Arroios, Lisboa, 31 de outubro de 1750 — Coração de Jesus, Lisboa, 11 de outubro de 1839) foi uma nobre e poetisa portuguesa.
Era filha de D. João de Almeida Portugal, segundo marquês de Alorna e quinto conde de Assumar.
Tendo o seu pai sido preso, acusado de participar no atentado ao rei D. José, Leonor, de oito anos, entrou com sua irmã para o convento de Chelas, vindo somente a sair após a morte do Marquês de Pombal.
Casou en 1779 com o Conde de Oeynhausen e viajou por Viena, Berlim e Londres. Enviuvou aos 43 anos de idade, vivendo com algumas dificuldades económicas, dificuldades estas que não a impediram de se dedicar à literatura.
Adoptou na Arcádia o nome de Alcipe. Traduziu a Arte Poética de Horácio e o Ensaio sobre a Crítica de Pope. É considerada uma poetisa pré-romântica. As suas obras foram publicadas em 1844 em seis volumes com o título genérico de Obras Poéticas. http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/alorna.htm
Me voici à la recherche des poèmes de la Marquise d'Alorna!
Como está sereno o céu,
como sobe mansamente
a Lua resplandecente
e esclarece este jardim!
Os ventos adormeceram;
das frescas águas do rio
interrompe o murmúrio
de longe o som de um clarim.
Acordam minhas ideias,
que abrangem a Natureza;
e esta nocturna beleza
vem meu estro incendiar.
Mas, se à lira lanço a mão,
apagadas esperanças
me apontam cruéis lembranças,
e choro em vez de cantar.
Leonor de Almeida
Junto às margens de um rio docemente
Com meus suspiros altercando,
A viva apreensão ia pintando
Passadas glórias no cristal luzente.
Mas quando nesta ideia mais contente
O coração se estava recreando,
Despenhou-se do peito o gosto brando,
Envolto com a rápida corrente.
Lá vão parar meus gostos no Oceano,
Ficando inanimado o peito e frio,
Que o recreio buscou só por seu dano.
Acabou-se o contente desvario,
E meus olhos saudosos do engano
Quase querem formar um novo rio.
Com meus suspiros altercando,
A viva apreensão ia pintando
Passadas glórias no cristal luzente.
Mas quando nesta ideia mais contente
O coração se estava recreando,
Despenhou-se do peito o gosto brando,
Envolto com a rápida corrente.
Lá vão parar meus gostos no Oceano,
Ficando inanimado o peito e frio,
Que o recreio buscou só por seu dano.
Acabou-se o contente desvario,
E meus olhos saudosos do engano
Quase querem formar um novo rio.
Leonor de Almeida
Près des rives d'une rivière calmement
Avec mes soupirs qui se tiraillaient,
L'appréhension vivante qui dessinait
Les gloires passées sur le cristal brillant.
Mais lorsque dans ce mode plus complaisant
Le cœur se venait à recréer,
Le doux aloi de ma poitrine s'est échappé,
Enveloppé par le rapide courant.
Mes goûts dans l'Océan iront aboutir,
Ma poitrine devenant inanimée et gelée,
Que le délassement n'a cherchée que pour l'amoindrir.
Fini le joyeux enivrement,
Et mes yeux tristes de le voir finir
Veulent presque former un nouveau torrent.
Olá, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerQuem chora ao invés de cantar, algum mal tem em seu coração. É preciso expressar. Gostei desses versos.
Um rio nos faz desaguar.
Tenha dias abençoados junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz
foi uma senhora cuja vida foi muito atormentada pelos movimentos revolucionários do Iluminismo que perseguiam os nobres no século XVIII e XIX, frequentemente de maneira feroz e violenta
SupprimerGostei da partilha que permitiu um conhecer mais profundo! 👏👏👏👏👏
RépondreSupprimermemórias de outros tempos atormentados pelos processos revolucionários do Iluminismo
Supprimerassim foi a vida da Marquesa de Alorna
Maravilhosa publicação! :))
RépondreSupprimerobrigada Cidália
Supprimergostei de conhecer e de partilhar alguma poesia da Marquesa
de Alorna
Não conhecia a Princesa
RépondreSupprimerPoetisa nobre e linda.
Poesia que não finda
Por tanta luz e beleza.
Ela tinha a alma acesa
Qual tinha também Florbela;
Eu sinto que a alma dela,
Da princesa, tem a luz
Que arrebata e seduz
Por ter expressão singela.
Belíssima portagem! Grato pela partilha, amiga querida!
Abraço cordial. Laerte.
Seus poemas invejáveis
obrigada Silo:)
Supprimera Marquesa de Alorna viveu nos tempos conturbados do processo revolucionário do Iluminismo que se espalhou pela Europa e pela América,
com as ações do Marquês de Pombal, não raramente violentas contra a nobreza
tempos muito atormentados para esta poetisa e para a sua família nos séculos XVIII e XIX
A célebre Marquesa de Alorna.
RépondreSupprimersim Pedro,
Supprimera vida dela e dos familiares sofreu perseguições aos nobres
como aconteceram pelos movimentos revolucionários do Iluminismo
que se espalhou pela Europa e pela América nos séculos XVIII e XIX
e que em Portugal tinha o marquês de Pombal como grande defensor dos novos ideais
Gosto muito da Poesia da Marquesa de Alorna.
RépondreSupprimerUm gosto encontrá-la aqui com um dos seus mais
lindos Poemas, e a sua biografia.
Obrigada.
Abraço
Olinda
obrigada Olinda
Supprimera poesia dela é doce e com maturidade
de uma vida sofrida
Aliás dois poemas...
RépondreSupprimer:)
Um rio, um cara chorão, os teus
RépondreSupprimerversos e eu. Poeta, tem momento
que a gente molha os olhos dos
outros falando coisas que talvez
nem pensasse ter tanto valor.
Adorei o que me disseste hoje.
Adorei.
Um beijo e obrigado.
obrigada Sílvio,
Supprimerbom fim de semana poético :)
Uma grande poetisa, já não a lia há anos.
RépondreSupprimerObrigado pela partilha.
Bom fim de semana, querida amiga Ângela.
Beijo.
Gostei de aprender um pouco mais sobre a Marquesa de Alorna
Supprimere de partilhar os dois poemas,
a vida dela foi atormentada pelos processos revolucionários
do Iluminismo
bom fim de semana
Fabulous blog
RépondreSupprimerMaravilha de poema Angela.
RépondreSupprimerNão a conhecia e com sua generosa partilha vou buscar mais, pois suas escolhas postadas foram ótimas e inspiradoras.
Grato amiga.
Bjs paz.
Gostei de encontrar aqui a Marquesa de Alorna. Obrigada por partilhar.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.