Poète cap-verdien du monde lusophone, Manuel Lopes est né à Mindelo (Cap-Vert) le 23 décembre 1907, et il est décèdé á Lisbonne le 25 janvier 2005.
En 1919 Manuel Lopes a suivi sa famille parti s'installer à Coimbra (Portugal) où il suivit ses études secondaires.
Ainda jovem, Manuel Lopes mudou-se com a sua família para Coimbra (Portugal) em 1919 onde fez os estudos liceais. Passaria a viver a sua vida com períodos de permanência entre Cabo Verde, Açores, e Portugal.
Manuel Lopes: Soneto À Liberdade | Escritor Cabo-Verdiano | Poesias Declamadas | Recitar Poema Poeta Publié par Toma Ai Um Poema
Soneto À Liberdade
Primeiro tu virás, depois a tarde
com terras, mares, algas, vento, peixes.
trarás, no ventre, a marca das idades
e a inquietude dos pássaros libertos.
virás para o enorme do silêncio
— flor boiando na órbita das águas —
tu não verás o fúnebre das horas
nem o canto final do sol poente.
primeiro tu virás, depois a tarde
sem desejos e amor. virás sozinha
como o nome saudade. virás única.
eu não terei a posse do teu corpo
nem me batizarei na tua essência,
mas tu virás primeiro e eu morro livre.
Manuel Lopes
Que je traduis ainsi:
Sonnet à la liberté
Tu viendras d'abord, puis l'après-midi
avec des terres, des mers, des algues, du vent, des poissons.
tu apporteras, dans ton ventre, la marque des âges
et l'inquiétude des oiseaux libérés.
tu viendras vers l'énorme silence
— telle une fleur qui flotte dans l'orbite des eaux —
tu ne verras pas le funèbre des heures
ni le dernier chant du soleil couchant.
tu viendras d'abord, puis l'après-midi
sans désirs et sans amour. tu viendras seule
comme le nom nostalgie. tu viendras seule.
Je n'aurai pas la possession de ton corps
ni je ne me baptiserai dans ton essence,
mais tu viendras d'abord et je mourrai libre.
Imagem do Mindelo (Cabo Verde)
Soneto deslumbrante que me fascinou ler. Grato pela partilha
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Feliz fim de semana … (14 anos)
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Queridamiga
RépondreSupprimerQue bom é estar de volta depois de um pesadelo que durou mais de três anos (recaída da bipolar + covid)! E logo para reencontrar o meu Amigo Manuel Lopes, grande Poeta e Homem grande,
Um dia, numa das várias vezes que me desloquei a Cabo Verde para entrevistar o PR Aristides Pereira, fui com o Manuel Lopes ao Tarrafal. Também ia connosco o Edmundo Pedro igualmente de visita.
Foi emocionante, Comovente só o que encontrei em Auschwitz! Os homens são terríveis! Alguns, pelo menos. O Manuel Lopes fez, faz e fará parte do grupo que nos obriga a ainda acreditar na Humanidade.
E agora espero um comentário na TRAVESSA que também é tua. Merci bien.
💋💋💋💋💋 Henrique
Que lindo trazeres essa poesia que todos que aqui passam saem encantados! Beijos, tudo de bom, chica
RépondreSupprimerManuel Lopes, um dos "Claridosos" aqui com um poema belíssimo.
RépondreSupprimerGostei muito de o reler.
Beijo
Olinda
Gostei deste soneto à liberdade de um autor que desconheço. Obrigada por partilhar.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.