Terra
Quando a minha saudade os olhos cerra,
Na grata evocação de um sonho errante,
Recordo, enternecido, a minha terra,
Vendo-a mais linda quanto mais distante.
Ao longe, um panorama se descerra
Sob o límpido céu, ao sol radiante:
Entre os rios, as árvores e a serra,
Branqueja a casaria de Amarante.
Lembro os sítios bucólicos... A ponte
No manso riacho, onde brinquei menino,
Curvado sobre a gruta, a ouvir a fonte...
A igreja... E ouço, meu Deus! a voz do sino,
Como a repercutir no amplo horizonte
O repique augural do meu destino!
Publicado no livro Pandora (1919).
Ci-dessous ma traduction d'amateur du poème:
Terra
Lorsque mes yeux se ferment de nostalgie,
Dans l'évocation reconnaissante d'un rêve égaré,
Je me rappelle, avec amour, de ma contrée,
Plus distante je la vois plus je la trouve jolie.
Au loin, un décor s'éclaircit
Sous le ciel limpide, sous un soleil éblouissant:
Entre les fleuves, les arbres et la montagne,
Amarante montre ses maisons blanchies.
Je me souviens des lieux bucoliques... Le pont
Sur le ruisseau paisible, où enfant je jouais,
Courbé sur la grotte, à écouter la source...
L'église... mon Dieu! la voix du clocher que j'entends,
Semble répandre dans le vaste horizon
La répercussion augural de mon destin!
Oi Angela
RépondreSupprimerUm prazer imenso ler uma poesia tão bela, tão plena de sentimentos
Beijinhos querida amiga
é mesmo bonito Gracinha! beijinho
SupprimerOlá, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerGostamos de algumas coisas em comum.
Lembro que já postei sobre ele uma vez.
O vídeo do Norte do Brasil é muito bom. Eu conheço o Maranhão.
Os maranhenses tem particularidades muito inusitada lá dentro do contexto brasileiro.
Tenha um ótimo final de semana abençoado!
Beijinhos
Rosélia, vou adquirindo "conhecimento" sobre o Brasil e seus poetas
Supprimeré um prazer!
Não conheço nada deste autor. Gostei muito do poema que li aqui. Obrigada por partilhar.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
vou descobrindo pela internet e por vezes pelos livros, poetas que não conhecia, é muito bom!
Supprimerbeijinho Graça
Oi, Ângela!
RépondreSupprimerTodo piauíense conhece essa poesia de trás para frente! (rs*). Conheci na época do vestibular. Há uma terceira corrente literária
em que o poeta se destaca: o modernismo, ao qual contribuiu com "Carnaval", “Carossel Fantasma” e “Refrão do Trem Noturno”.
Beijus,
Luma, este soneto é muito lindo,
Supprimercom ritmo belo e flui como a água dos rios e do riacho:)
Sempre uma novidade Angela de autores brasileiros que eu não conhecia, Uma poesia de lembranças vivas que pude entende vendo o vídeo ilustrativo da cidade.
RépondreSupprimerValeu Angela.
Carinho no abraço.
Toninho, aprecio o comentário e concordo com a beleza deste soneto
RépondreSupprimerfeito de lembranças carinhosas da terra onde nasceu o poeta!
abraço