Pausa deste blog

jeudi 10 novembre 2022

Da Costa e Silva - "Terra"



Antônio Francisco da Costa e Silva, poète brésilien, qui avait eu des ancêtres portugais,

Nasceu (Amarante, 28 de novembro de 1885 — Rio de Janeiro, 29 de junho de 1950), poeta brasileiro,
Sua obra extraordinária oscilou entre o parnasianismo e o simbolismo mas sempre com um estilo próprio e inconfundível. 


Terra

Quando a minha saudade os olhos cerra,

Na grata evocação de um sonho errante,

Recordo, enternecido, a minha terra,

Vendo-a mais linda quanto mais distante.


Ao longe, um panorama se descerra

Sob o límpido céu, ao sol radiante:

Entre os rios, as árvores e a serra,

Branqueja a casaria de Amarante.


Lembro os sítios bucólicos... A ponte

No manso riacho, onde brinquei menino,

Curvado sobre a gruta, a ouvir a fonte...


A igreja... E ouço, meu Deus! a voz do sino,

Como a repercutir no amplo horizonte

O repique augural do meu destino!


Publicado no livro Pandora (1919).


Ci-dessous ma traduction d'amateur du poème:

Terra

Lorsque mes yeux se ferment de nostalgie,

Dans l'évocation reconnaissante d'un rêve égaré,

Je me rappelle, avec amour, de ma contrée,

Plus distante je la vois plus je la trouve jolie.


Au loin, un décor s'éclaircit 

Sous le ciel limpide, sous un soleil éblouissant:

Entre les fleuves, les arbres et la montagne,

Amarante montre ses maisons blanchies.


Je me souviens des lieux bucoliques... Le pont

Sur le ruisseau paisible, où enfant je jouais,

Courbé sur la grotte, à écouter la source...


L'église... mon Dieu! la voix du clocher que j'entends,

Semble répandre dans le vaste horizon

La répercussion  augural de mon destin!



"A poesia de Da Costa e Silva assenta-se em duas escolas: Simbolista, interpretada nos poemas de Sangue, e Parnasiana, que determinou a fixação de seus poemas. Apreciado poeta do seu tampo, Da Costa e Silva é a maior força da poesia telúrica do Piauí.." https://sites.google.com/site/souamarantino/uma-parte-da-historia-do-amarantino-da-costa-e-silva


La poésie parnassienne s'oppose au lyrisme exagéré romantique et les poètes proposent une nouvelle esthétique fondée sur le désir de perfection et valorisation artistique de la poésie, soit
"un mouvement pour la beauté de la poésie" où "la nature et le divin sont des sujets privilégiés.."



Antônio Francisco da Costa e Silva, nasceu em 1885 em Amarante, município brasileiro do estado do Piauí, "onde havia apenas a lembrança de uns vagos bisavós portugueses..."

Assim se apresenta Amarante, (nordeste do Brasil), onde nasceu o poeta:


AMARANTE - PIAUÍ, CIDADE DE AMARANTE-PI, HISTÓRIA E CULTURA, RIO PARNAÍBA, BR-343
Publicado por Cidades do Mundo

10 commentaires:

  1. Oi Angela
    Um prazer imenso ler uma poesia tão bela, tão plena de sentimentos
    Beijinhos querida amiga

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  2. Olá, querida amiga Ângela!
    Gostamos de algumas coisas em comum.
    Lembro que já postei sobre ele uma vez.
    O vídeo do Norte do Brasil é muito bom. Eu conheço o Maranhão.
    Os maranhenses tem particularidades muito inusitada lá dentro do contexto brasileiro.
    Tenha um ótimo final de semana abençoado!
    Beijinhos

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    1. Rosélia, vou adquirindo "conhecimento" sobre o Brasil e seus poetas
      é um prazer!

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  3. Não conheço nada deste autor. Gostei muito do poema que li aqui. Obrigada por partilhar.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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    1. vou descobrindo pela internet e por vezes pelos livros, poetas que não conhecia, é muito bom!
      beijinho Graça

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  4. Oi, Ângela!
    Todo piauíense conhece essa poesia de trás para frente! (rs*). Conheci na época do vestibular. Há uma terceira corrente literária
    em que o poeta se destaca: o modernismo, ao qual contribuiu com "Carnaval", “Carossel Fantasma” e “Refrão do Trem Noturno”.
    Beijus,

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    1. Luma, este soneto é muito lindo,
      com ritmo belo e flui como a água dos rios e do riacho:)

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  5. Sempre uma novidade Angela de autores brasileiros que eu não conhecia, Uma poesia de lembranças vivas que pude entende vendo o vídeo ilustrativo da cidade.
    Valeu Angela.
    Carinho no abraço.

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  6. Toninho, aprecio o comentário e concordo com a beleza deste soneto
    feito de lembranças carinhosas da terra onde nasceu o poeta!
    abraço

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