Accompagnons les flâneries de poètes de langue portugaise, les compositions de rimes, les pensées inquiètes ou riantes, de Fernando Pessoa, Luis de Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Avelina Noronha, Manuel Fonseca...
(o tradutor à direita da página poderá contribuir para uma melhor compreensão dos textos. Obrigada)
Coro Gulbenkian: Liberdade, poema de Sophia de Mello Breyner
Sortie le 24 avr. 2020
Publié par Fundação Calouste Gulbenkian
LIBERDADE
poema de Sofia de Mello Breyner
"Aqui nesta praia onde Não há nenhum vestígio de impureza Aqui onde há somente Ondas tombando ininterruptamente Puro espaço e lúcida unidade Aqui o tempo apaixonadamente Encontra a própria liberdade"
LIBERTÉ
ma traduction du
poème de la poétesse portugaise Sofia de Mello Breyner
"Ici sur cette plageIl n'y a aucune trace d'impuretéIci où il y a seulement
Des vagues qui se brisent sans répitEspace pur et unité lucide
Ici le temps avec passion
Trouve sa propre liberté"
(Porto, 4 février 1799 — Lisbonne, 9 décembre 1854) a été un écrivain et dramaturge romantique, orateur, pair du royaume, ministre et secrétaire d'État honoraire portugais.
Grand promoteur du théâtre au Portugal, l'une des plus grandes figures du romantisme portugais, c'est lui qui proposa la construction du Théâtre National de D. Maria II et la création du Conservatoire d'Art Dramatique.
Le mouvement littéraire duquel Almeida Garrett fait partie, propose les contrastes, et s'inspire au travers des caractéristiques telles que,
l'exaltation des sentiments, les thèmes la mélancolie, les passions, sensibilité et sentiments personnels, la souffrance du moi, le rêve et la rêverie, l'amour et le désenchantement., le néant et la mort, la révolte, la nature et le divin...
Dans le poème qui suit, plaisir et souffrance se succèdent alternativement dans un mélange de doute et de bonheur amoureux (avec ma traduction d'amateur en rouge).
Gozo e dor Plaisir et Souffrance
Se estou contente, querida, Si je heureux, ma chérie, Com esta imensa ternuraAvec cette immense tendresse De que me enche o teu amor? Qui m'envahit de ton amour? - Não. Ai não; falta-me a vida; - Non. Oh non; la vie me manque; Sucumbe-me a alma à ventura: Mon âme succombe au bonheur: O excesso de gozo é dor. L'excès de plaisir est une douleur.
Dói-me a alma, sim; e a tristeza Mon âme me blesse, oui; et la tristesse Vaga, inerte e sem motivo, Vague, inerte et sans but, No coração me poisou. Dans mon coeur elle a atterri. Absorto em tua beleza, Absorbé dans ta beauté, Não sei se morro ou se vivo, Je ne sais pas si je meurts ou si je vis, Porque a vida me parou. Car la vie pour moi s'est arrêtée.
É que não há ser bastante C'est que personne n'est assez grand Para este gozar sem fim Pour un tel plaisir infini Que me inunda o coração. Qui m'innonde le coeur. Tremo dele, e delirante J'en tremble, et en délirant Sinto que se exaure em mim Je sens qu'en moi s'épuise Ou a vida - ou a razão. Ou la vie - ou le discernement (traduction) Almeida Garrett, in Folhas Caídas
Un autre poème de Almeida Garrett, un homme aux multiples talents, chanté par Rita Ruivo:
Rita Ruivo canta no Fado Menor Versículo o poema 'Este Inferno de Amar' de Almeida Garrett
Publié par rita ruivo marques . 19 nov. 2013
Este inferno de amar
Este inferno de amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes eu vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele sonhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei…
Almeida
Garrett
Só me lembra que um dia formoso Eu passei… Dava o Sol tanta luz! E os meus olhos que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? Eu que fiz? Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei…
Almeida Garrett o apelido que o poeta começou a usar em 1818,
João
Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, mais tarde 1.º Visconde de Almeida Garrett (Porto, 4
de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854),
foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par
do reino, ministro e secretário de estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em
Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs
a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório
de Arte Dramática.
"...Iniciador do Romantismo, refundador do teatro português, criador do lirismo moderno, criador da prosa moderna, jornalista, político, legislador, Garrett é um exemplo de aliança inseparável entre o homem político e o escritor, o cidadão e o poeta.
É considerado, por muitos autores, como o escritor português mais completo de todo o século XIX, porquanto nos deixou obras-primas na poesia, no teatro e na prosa, inovando a escrita e a composição em cada um destes géneros literários...."
Le poète João de Deus est né à São Bartolomeu de Messines, un village de la commune de Silves, en Algarve (sud du Portugal), le 8 mars 1830.
Ayant fait ses études à Faro, le jeune homme part pour Coimbra (la célèbre ville universitaire du centre du pays) pour poursuivre ses études universitaires. À Coimbra il découvre son goût pour la poésie!
A Vida | Poema de João de Deus com narração de Mundo Dos Poemas
Publié par Mundo Dos Poemas . 28 déc. 2020
L'auteur de la vidéo écrit:
Poesia e poema de autor português. João de Deus de Nogueira Ramos (São Bartolomeu de Messines, 8 de Março de 1830 — Lisboa, 11 de Janeiro de 1896), mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado à época o primeiro do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto, sendo ainda em vida objeto das mais variadas homenagens. Foi considerado o poeta do amor e encontra-se sepultado no Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa.
Lemos que "..Acabados os estudos no Seminário de Faro segue para Coimbra realizando os exames de Latim, Doutrina, Francês, Filosofia, Aritmética e Geometria no Seminário de Coimbra, No ano letivo de 1849 / 1850, agora com 19 anos, matricula-se no 1º ano do curso de Direito na Universidade de Coimbra..." Em Coimbra: Revela-se o poeta! http://www.in-faro.com/bio_joao_deus.html
João de Deus a écrit de nombreux poèmes, dont voici un exemple, avec ma traduction d'amateur en rouge:
A vida La vie
A vida é o dia de hoje, La vie c'est le jour d'aujourd'hui, A vida é ai que mal soa, La vie est un cri s'entend à peine, A vida é sombra que foge, La vie est une ombre qui s'enfuit, A vida é nuvem que voa; La vie est un nuage qui planne;
A vida é sonho tão leveLa vie est un rêve si léger Que se desfaz como a neve, Qui comme la neige se défait, E como o fumo se esvai, Et qui comme la fumée se dissipe, A vida dura um momento, La vie dure un instant, Mais leve que o pensamento, Plus légère que la pensée, A vida leva-a o vento, La vie l'emporte le vent, A vida é folha que cai! La vie est une feuille tombée!
A vida é flor na corrente, La vie est une fleur sur le courant, A vida é sopro suave, La vie est un souffle délicat, A vida é estrela cadente, La vie est une étoile filante, Voa mais leve que a ave; Elle vole plus légère que l'oiseau;
Nuvem que o vento nos ares, Le nuage que le vent dans les airs, Onda que o vento nos mares, La vague que le vent sur les mers, Uma após outra lançou. L'un après l'autre a lancé. A vida – pena caída La vie - une plume tombée Da asa de ave ferida – De l'aile de l'oiseau blessé - De vale em vale impelida De vallée en vallée avançant A vida o vento a levou! La vie que le vent a emportée!
João de Deus
Je vous invite à une promenade em Algarve!
Voici une petite vidéo récente, qui montre de jolies images du village de São Bartolomeu de Messines, le village natal du poète João de Deus, qui lui rend hommage avec une statue du poète, et la conservation de la maison où il est né.
Vila de São Bartolomeu de Messines - Algarve -
Portugal Publié par Algarve Meu Algarve . 14 nov. 2021
L'auteur de la video écrit:
A Vila de São Bartolomeu de Messines localiza-se no concelho de Silves, num vale entre o Barrocal e a Montanha do Penedo Grande. Nesta zona predominam os pomares. Ao longo das suas ruas estreitas predominam as casas brancas com açoteias, platibandas e chaminés rendilhadas. Gentílico: Messinense
A Igreja Matriz de São Bartolomeu de Messines data do séc. XVI, representando a transição do estilo manuelino para o renascentista. No séc. XVIII foi acrescentada uma fachada barroca, destacando-se o contraste entre as paredes brancas e as cantarias em grés vermelho, a pedra original da região. O interior da igreja é constituído por 3 naves com arcos redondos apoiados por colunas salomónicas.
Nesta vila encontram-se também o Museu do Traje e das Tradições; o Cine Teatro João de Deus; o Mercado Municipal; a Ermida de São Sebastião (data do séc. XVI); a Casa Museu João de Deus (onde o poeta viveu); a Casa onde nasceu João de Deus; o Arco do Remexido; a Casa onde nasceu Maria Antonieta Júdice Barbosa; o Monumento a João de Deus; a Junta de Freguesia; o Jardim Municipal; e nos arredores a Estação Ferroviária de Messines - Alte.
Outros poemas de João de Deus: https://www.poetris.com/poemas/joao-de-deus/page/2
Le poème de la poétesse portugaise Maria Antónia Pinto de Oliveira Morais entourent les images de la video ci-dessous qui nous montre le joli parc de la ville de Águeda:
Um olhar sobre Águeda ||
Episódio 3 - Parque de Alta Vila
Publié par Soberania do Povo TV . 7 juin 2021
"Maria Antónia Pinto de Oliveira Morais nasceu em Águeda, em 1935, passando a residir em Lisboa a partir dos sete anos, onde fez os seus estudos... faleceu em 2006"
"..Recorde-se que esta intervenção de requalificação do Parque de Alta Vila veio na sequência da devastação do espaço depois do temporal de janeiro de 2013. Com um investimento total de um milhão e 160 mil euros, a empreitada orientou-se por “um princípio de respeito por todas as pré-existências, construídas e vegetais, e implementa benefícios significativos ao nível da conservação do solo e da água e da recuperação do conjunto histórico, como a igreja ou o coreto”...
Virgínia Vitorino, professeur, romancière, et poétesse portugaise, née en 1895 à Alcobaça (ville portugaise du district de Leiria), et décédée à Lisbonne en 1967.
Virgínia de Sousa Vitorino, mais conhecida por Virgínia Vitorino (Alcobaça, 13 de agosto de 1895 — Lisboa, 21 de dezembro de 1967), foi uma professora, poetisa e dramaturga portuguesa. Recebeu o Prémio Gil Vicente em 1938.
"..Remorso de viver e perder as oportunidades, e, no ápice de acordar pra vida, percebe-se que já é tarde para voltar atrás e mudar a história. O tempo é implacável..."
com a sensibilidade feminina da poetisa portuguesa
Après avoir publicé un poème de Maria da Saudade Cortesãodans le post précédent, voici la poésie de son mari le poète brésilien Murilo Mendes.
"Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, Minas Gerais 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi um poeta e prosador brasileiro, expoente do surrealismo no movimento modernista brasileiro.."
Pour situer l'oeuvre du poète,
j'ai cherché une définition du modernisme, un mouvement artistique qui a "atteint son apogée dans les premières décennies du XXème siècle... Il regroupe, en effet, une multitude de mouvements littéraires et artistiques avant-gardistes, parmi lesquels le post-impressionnisme, le cubisme, le dadaïsme, le surréalisme, le futurisme, le vorticisme, l'imagisme et l'expressionnisme..."
Né à Juiz de Fora (Minas Gerais), fils d’Onofre Mendes et d’Eliza de Barros Mendes, Murilo Mendes poète brésilien ira vivre en 1920 à Rio de Janeiro, où il commence sa carrière littéraire.
Les années 1940 et 1950, Murilo Mendes les passe dans plusieurs pays d' Europe. Au Portugal ses séjours seront de plus en plus longs, et d'après plusieurs publications, ce pays serait devenu sa seconde patrie, cela du aussi à son mariage avec la poétesse portugaise Maria da Saudade Cortesão.
Murilo Mendes "est mort le 13 août 1975 à Estoril (Lisbonne), au Portugal, dans ce pays qu’il a choisi d’aimer et où il est resté."
Le poète et écrivain dediera au Portugal son livre "Janelas Verdes"
Je vous invite à connaître ou à lire un de ces poèmes:
NOTURNO RESUMIDO
A noite suspende na bruta mão que trabalhou no circo das idades anteriores as casas que o pessoal dorme comportadinho atravessado na cama comprada no turco a prestações.
A lua e os manifestos da arte moderna brigam no poema em branco.
A vizinha sestrosa da janela em frente tem na vida um camarada que se atirou dum quinto andar. Todos têm a vidinha deles.
As namoradas não namoram mais porque nós agora somos civilizados, andamos no automóvel gostoso pensando no cubismo.
A noite é uma soma de sambas que eu ando ouvindo há muitos anos.
O tinteiro caindo me suja os dedos e me aborrece tanto: não posso escrever a obra-prima que todos esperam do meu talento.
Murilo Mendes
J'écris en rouge ma traduction d'amateur de ce poème de Murilo Mendes:
RÉSUMÉ NOCTURNE
La nuit suspend dans sa main rugueuse qui a travaillé dans le cirque des âges précédents les maisons où les gens dorment sagement en travers du lit acheté chez le turc en mensualités.
La lune et les manifestes d'art moderne se disputent dans le poème vide.
La voisine charmante de la fenêtre d'en face a dans sa vie un camarade que s'est jeté du cinquième étage. Chacun a sa petite vie.
Les copines ne sortent plus avec nous car maintenant nous sommes civilisés, nous roulons dans une belle voiture en pensant au cubisme.
La nuit est un amoncellement de sambas que j'écoute depuis de nombreuses années.
L'encrier qui tombe me salit les doigts et cela m'embête tellement: je ne peux pas écrire le chef-d'oeuvre que tous attendent de mon talent.
Encontramos que :
"o sobrenome Mendes se espalhou, desde os primeiros anos de colonização do Brasil, por seu vasto território. Em Minas Gerais, mais especificamente na região de Juiz de Fora, estabeleceu-se a importante família de Francisco Mendes de Carvalho, que deixou numerosa descendência de seu casamento com Ana Mendes de Carvalho. Entre esses descendentes, destaca-se o filho dr. Onofre Mendes, nascido em 1873, empresário que foi homenageado com o nome de uma rua em Juiz de Fora. Destaque também para o neto Murilo Mendes, renomado poeta brasileiro, nascido em Juiz de Fora em 1901.."
Maria da Saudade Cortesão, poétesse née en 1938 à Porto, ville du nord du Portugal; la jeune fille a accompagné son père au Brésil, où elle a connu et épousé Murilo Mendes.
image du net
Maria da Saudade Cortesão Mendes
(Porto, 1938 – Lisboa, 25/11/2010)
poetisa e tradutora, filha de Jaime Cortesão e esposa do poeta brasileiro Murilo Mendes.
"Filha de Jaime Cortesão, viveu grande parte da vida no estrangeiro acompanhando seu pai no exílio, primeiro em Paris (1927), depois em Madrid e, por fim, no Rio de Janeiro, onde conheceu o poeta Murilo Mendes com quem veio a casar-se em 1947. Entre 1952 e 1956 viajou pela Europa acompanhando o marido em missões culturais ..."
Maria da Saudade Cortesão avec son mari Murilo Mendes
(image du net)
image du net
“…Como poeta publicou seis livros; traduziu “Crime na catedral”, de Eliot (além de Shakespeare e Camus), e publicou muita coisa que ainda está dispersa por jornais e revistas portugueses, brasileiros e italianos….”
A Musa que passava Não era a que sabias. Vinha em lua minguante A espaços vestida Por espelhos azuis E narcisos de frio.
Que remanso tão meigo Em seus peitos havia! Que miosótis de leite Em suas veias tíbias, Três tangentes tocavam O seu coração dúbio.
Não lhe soubeste o corpo — Terra da madrugada Que se dava ferida, Nem os seus cursos de água. Olhavas tão ao longe Enquanto o amor te olhava.
Avec ma traduction d'amateur (printemps en portugais é du genre féminin) :
PRINTEMPS
La Muse qui passait N'était pas celle que tu connaissais. Elle arrivait en lune décroissante Par intervalles habillée Par des miroirs bleus Et des jonquilles froides.
Quelle mare si douce Qu'il y avait dans ses seins! Quels myosotis laiteux Dans ses veines vacillantes, Trois tangentes qui touchaient Son coeur indécis.
Tu n'as pas connu son corps — La terre qui à l'aube S'offrait avec sa blessure, Ni ses cours d'eau. Ton regard se perdait si loin Pendant que l'amour te regardait.
un autre poème trouvé sur le net:
OFÉLIA
Que perfil perdi no vento Que rosto perdi na água, Transparência perturbada, Íris d’água cor do tempo.
Nunca a figura do sonho Me pareceu tão velada — Vejo só a meia-lua Da sua nuca inclinada.
Edifício d’água e sombra Que a corrente desmanchava E em meus cabelos ao sul As grinaldas desfolhava.
Deixai-me afundar nas frias Solidões de junco e mágoa, E de mim própria ausente Repousar à sombra d’água.
Sobre o pai de Maria da Saudade:
Jaime Zuzarte Cortesão foi um médico, político, escritor e historiador português. Filho do filólogo António Augusto Cortesão, foi irmão do historiador Armando Cortesão e pai da renomeada ecologista Maria Judith Zuzarte Cortesão e da poetisa Maria da Saudade Cortesão, esposa do poeta modernista Murilo Mendes.
Gabriel Fernandes da Trindade, était violoniste, chanteur et compositeur, né en 1790 au Brésil durant la période coloniale. L'étude des oeuvres de ces artistes atteste le haut niveau atteint par ces artistes dans la colonie portugaise d'Amérique du Sud.
Je vous invite 'a écouter un duo de ce compositeur:
Gabriel Fernandes da Trindade (c.1790-1854)
DUETO CONCERTANTE
no. 1
-Allegro moderato
-Andante sostenuto
-Allegro vivace
Maria Ester Brandão, 1o violino
Koiti Watanabe, 2o violino
Le Duo est une pièce musicale à deux parties simultanées, destinée à être interprétée par deux solistes, avec ou sans accompagnement
Publié par Eduardo Linzmayer . 27 mai 2018
Imagem do Paço Imperial é um edifício histórico localizado na atual Praça XV de Novembro, no centro da cidade do Rio de Janeiro, construído no século XVIII para residência dos governadores da Capitania do Rio de Janeiro.
Vemos as semelhanças com o Terreiro do Paço de Lisboa!
Em 1808, com a chegada ao Rio de Janeiro da família real portuguesa, o edifício tinha sido promovido a Paço Real.
"Gabriel Fernandes da Trindade (Vila Rica, 1799/1800 - Rio de Janeiro, 23/08/1854) foi um violinista, cantor e compositor mineiro e brasileiro, atuante no Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX. Autor de canções e de duetos para dois violinos, compôs as mais antigas obras camerísticas brasileiras conhecidas e pertenceu à primeira geração de compositores brasileiros que teve obras impressas em vida, conhecido também como autor de modinhas
Gabriel Fernandes da Trindade nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, em Vila Rica (atual Ouro Preto). Filho do músico José Fernandes da Trindade e de Quitéria Coelho de Almeida..."
Pour faire un bref résumé historique, je rappelle le voyage de la cour portugaise, lorsque, en 1808, le roi D. João VI quitta Lisbonne avec sa famille et toute l'aristocratie portugaise et l'appareil d'état à bord d'une trentaine de navires pour aller règner sur le Portugal et ses colonies à partir de Rio de Janeiro.
La traversée de l'Atlantique était une épopée risquée pour l'époque, mais la famille royale et les dignitaires du pays emportant de nombreux trésors, échappaient ainsi aux armées françaises de Napoléon qui envahissaient le Portugal.
D. João VI dut retourner au Portugal, mais il laissa au Brésil son fils Pedro de Alcantara, comme régent. Ce dernier, pour éviter le cahos et une possible guerre civile, devant la pression des mouvements revolutionnaires/indépendantistes/libéraux/sépartistes, declara l'indépendance du Brésil en 1822.
D. Pedro I impereur du Brésil, est connu au Portugal comme D. Pedro IV.
D. Pedro se fait couronner 1er impereur du Brésil et composa lui-même la musique d'un hymne de l'Indépendance sur des paroles du poète Evaristo da Veiga. D. Pedro était bon chanteur, musicien et compositeur!
C'est la déclaration d'indépendance du pays envers le Portugal que les brésiliens commémorent le 7 septembre.
Je vous présente aujourd'hui, pour ceux qui ne connaissent pas, et pour ceux qui aiment écouter cette belle composition musicale qui est l'Hymne de l'Indépendance du Brésil:
Hino da Independência do Brasil
- Formato de Alta Definição. (Orquestra da OSESP)
Letra de: Evaristo Ferreira da Veiga e Barros
Música de: S.M, o Imperador Dom Pedro de Bragança ( do Brasil e IV de Portugal).
No vídeo do Youtube, encontramos a seguinte explicação:
Dom Pedro I é o autor da melodia do Hino da Independência, sendo que a letra foi escrita por Evaristo da Veiga.
"...em 1822, o Hino original tinha a melodia de Marcos Portugal, aproveitando versos de Evaristo da Veiga. Só a partir de 1824, a melodia composta pelo Imperador substituiu a de Marcos Portugal, sendo executada até 1831, quando retornou à versão anterior de Marcos Portugal. Em 1922, nas comemorações do Centenário da Independência do Brasil, a versão de Dom Pedro I voltou à cena. Anos mais tarde, o então Ministro da Educação, Gustavo Capanema, nomeou uma comissão composta por Villa-Lobos, Assis Republicano, Luís Heitor e Francisco Braga, para estabelecer a versão oficial dos Hinos brasileiros. Assim oficializou-se o Hino da Independência, tal como foi escrito pelo Imperador D. Pedro I e por Evaristo da Veiga, e como é conhecido até nossos dias.
Já podeis, da Pátria filhos, Vous pouvez, fils de la Patrie, Ver contente a mãe gentil; Voir heureuse la mère gentil; Já raiou a liberdade La liberté rayonne déjà No horizonte do Brasil. À l'horizon du Brésil
Já raiou a liberdade La liberté rayonne déjà
Já raiou a liberdade La liberté rayonne déjà
No horizonte do Brasil. À l'horizon du Brésil
Brava gente brasileira! Courageux Brésiliens! Longe vá, temor servil: Loin s'en va, la peur servile: Ou ficar a pátria livre, Ou avoir la patrie libre, Ou morrer pelo Brasil. Ou mourir pour le Bresil.
Ou ficar a pátria livre Ou avoir la patrie libre,
Ou morrer pelo Brasil. Ou mourir pour le Brésil.
Os grilhões que nos forjava Les chaînes qui nous ont forgées Da perfídia astuto ardil, De la finaude et astucieuse rouerie, Houve mão mais poderosa: Il y eut main plus puissante: Zombou deles o Brasil. D'elles se moqua le Brésil.
Houve mão mais poderosa Il y eut main plus puissante
Houve mão mais poderosa Il y eut main plus puissante
Zombou deles o Brasil. D'elles se moqua le Brésil
Brava gente brasileira! Longe vá, temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges, Que apresentam face hostil; Vossos peitos, vossos braços São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira! Longe vá, temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro, Já, com garbo varonil, Do universo entre as nações Resplandece a do Brasil.
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira! Longe vá, temor servil: Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
(Avec un peu plus de temps, je terminerai ma traduction en rouge!)
L'auteur des paroles était le poète Evaristo da Veiga né à Rio de Janeiro en 1799.
Poète, journaliste, politicien, fils de Francisco Luís Saturnino da Veiga qui avait quitté le Portugal pour le Brésil à l'âge de 13, et qui était devenu maître d'école à Rio de Janeiro.
Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1799 — Rio de Janeiro, 12 de maio de 1837) foi um poeta, jornalista, político e livreiro. Ótimo estudante que no Rio de Janeiro de D. João VI aprendeu francês, latim, inglês, cursou aulas de retórica e poética e estudou filosofia.
Conta entre os precursores do Romantismo no Brasil. Filho de um português mestre-escola, Francisco Luís Saturnino da Veiga, chegado ao Brasil aos 13 anos, soldado miliciano na paróquia de Santa Rita, no Rio de Janeiro, depois nomeado professor régio de primeiras letras na freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho.
Evaristo ficou conhecido por ter sido o autor da letra do "Hino à Independência", cuja música se deve a D. Pedro I.