Accompagnons les flâneries de poètes de langue portugaise, les compositions de rimes, les pensées inquiètes ou riantes, de Fernando Pessoa, Luis de Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Avelina Noronha, Manuel Fonseca...
(o tradutor à direita da página poderá contribuir para uma melhor compreensão dos textos. Obrigada)
"... Visitar os blogs participantes e comentar na postagem, para fortalecer essa interação e apreciar as lindas participações que todos organizam com muito carinho e competência poética…." A convite da Prof.ª Lourdes Duarte e da 90ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO
Chegamos à 89ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO Parabéns Prof.ª Lourdes Duarte ! Parabéns a todos os participantes! Para a minha participação, escolhi a
Amor que não esquece,
Pinta-se de negro, enlouquece.
Paredes nuas, becos de ruas,
Olhares abstraídos, a vida esmorece.
São portas que se fecham, na escuridão,
Almas feridas, palavras quebradas,
Sorrisos cativos, amantes desatentos,
Sem alento, sentidos únicos da solidão.
Por isso: olha-me nos olhos!!!
E verás pássaros azuis que voam nos céus,
Quando te falo, e que estendo os meus véus,
Cativo sorrisos, e brinco às fadas,
E trago p'ra ti, rosas perfumadas,
Promessas de amor, sonhos de eternidade,
Doces devaneios, rios de beijos,
Que se afundam, em mares de desejos.
"A partir de uma ou mais imagens que indico a cada semana, desenvolve-se a criatividade escrevendo versos, poesias, pensamentos ou prosas poéticas… É uma brincadeira sem competição, participa-se com o coração e o amor a poesia…"
Le poète que je vous présente aujourd'hui c'est:
Almeida Garrett(1799-1854)est un des plus grands auteurs romantiques portugais; romancier, dramaturge et poète, introducteur du romantisme au Portugal. Suspiro d'alma - poema de Almeida Garrett
Suspiro que nasce d'alma,
Que à flor dos lábios morreu...
Coração que o não entende
Não no quero para meu.
Falou-te a voz da minha alma,
A tua não na entendeu:
Coração não tens no peito,
Ou é diferente do meu.
Queres que em língua da terra
Se digam coisas do céu?
Coração que tal deseja,
Não no quero para meu.
Almeida Garrett
Almeida Garrett (1799-1854) nascido na cidade do Porto, foi um poeta, prosador e dramaturgo português, teve um importante papel como o iniciador do movimento romântico em Portugal; considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal (Wikipedia).
Soupir de l'âme
Le soupir qui naît de l'âme, Qui au bord des lèvres se meurt... Un coeur qui ne l’entend pas Je ne le veux pas pour moi.
La voix de mon âme t’a parlé, Le tienne ne l'a pas compris: Dans ta poitrine tu n’as pas de coeur, Ou il est différent du mien.
Veux-tu que dans le langage sur terre Se disent des choses du ciel? Un cœur qui désire cela, Je ne le veux pas pour moi.
António Carlos Gomes nasceu em Campinas (Brasil), no dia 11 de julho de 1836. Foi um compositor e o mais importante autor de óperas brasileiro, com carreira de destaque, principalmente na Europa.
Em estilo de modinha, adaptou o poema de Almeida Garrett e criou esta composição que vemos neste video cantada pela cantora lírica Nadia Zanotello.
Nádia Zanotello Suspiro D'alma - Carlos Gomes Publié par Nadia Zanotello - Publicado a 14/04/2014 Nadia Zanotello - Soprano Chiquinho Costa - Piano
A modinha - é um tipo de composição musical de origem portuguesa
Na segunda metade do séc. XVIII desenvolveu-se, inicialmente em Portugal e posteriormente no Brasil, um estilo peculiar de canção camerística, que acabou sendo denominada modinha. A origem dessa designação está ligada à moda, que foi, em todo o séc. XVIII, palavra portuguesa para qualquer tipo de canção camerística a uma ou mais vozes, acompanhada por instrumentos. A moda, em Portugal no séc. XVIII, foi um tipo genérico de canção séria de salão, que incluía cantigas, romances e outras formas poéticas, compostas por músicos de alta posição profissional. As modas foram tão comuns em Portugal no reinado de D. Maria I que popularizou-se o dito de que na corte dessa rainha “era moda cantar a moda” (ENCICLOPÉDIA, v.1, p.494)….
Ó mar anterior a nós, teus medos Tinham coral e praias e arvoredos. Desvendadas a noite e a cerração, As tormentas passadas e o mistério, Abria em flor o Longe, e o Sul sidério '(Re)Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa - Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta Em árvores onde o Longe nada tinha; Mais perto, abre-se a terra em sons e cores: E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstrata linha.
O sonho é ver as formas invisíveis Da distância imprecisa, e, com sensíveis Movimentos da esperança e da vontade, Buscar na linha fria do horizonte A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte - Os beijos merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa
O poema Horizonte encontra-se na segunda parte da Mensagem: o “Mar Português”, onde Pessoa fala da História dos Descobrimentos…
J'ai preparé une traduction du poème de Fernando Pessoa. Fernando Pessoa (1888-1935), Emblématique, énigmatique et universel, Fernando Pessoa est un écrivain, critique, poète, majeur de la langue portugaise. Né le 13 juin à Lisbonne, ville où il meurt le 30 novembre 1935.
Voici mon texte de traduction d'amateur:
L'Horizon
Ô mer qui nous as précédés, dans tes peurs Il y avait des coraux et des plages et des bosquets. Dissipés la nuit et le brouillard, Les tempêtes du passé et le mystère, Le Loin s'ouvrait comme une fleur, et le sud céleste,
Resplendissait sur les navires de l'initiation.
Ligne sévère de la côte lointaine - Lorsque le navire s'approche, la pente s'élève Boisée là où le Loin rien n'avait; Plus près, la terre se découvre en sons et en couleurs: Et, en débarquant, il y a des oiseaux, des fleurs,
Où il n'y avait de loin, que l'abstraite ligne.
Rever c'est voir les formes invisibles De la distance imprécise, et, avec de sensibles Mouvements d'espoir et de volonté, Rechercher dans la ligne froide de l'horizon L'arbre, la plage, la fleur, l'oiseau, la source - Les baisers mérités de la Vérité