Pausa deste blog

dimanche 28 octobre 2018

Pedro Tamen - "Verdes Anos / Les Vertes Années"


Image du post du Poetizando e Encantando

Pedro Tamen est un poète et écrivain portugais né à Lisbonne, en 1934,
Son poème les "Vertes Années" a été mis en musique par le compositeur portugais Carlos Paredes.
La musique associée au poème devienent la bande sonore du film du même nom "Os Verdes Anos", de Paulo Rocha, sorti en 1963.
Voici la traduction d'amateur que j'ai préparée pour vous aider à mieux comprendre les paroles:

O Poema de Pedro Tamen está associado à banda sonoro do filme com o mesmo nome, "Verdes Anos", do realizador português Paulo Rocha, em 1963

VERTES ANNÉES
C'était l'amour
qui arrivait et partait:
nous étions tous les deux
c'était la chaleur
qui refroidissait
sans avant ou après…
C'était un secret
sans personne pour écouter:
c'étaient des tromperies
et 'était la peur,
la mort qui riait
dans nos vertes années...

Tes yeux n'étaient pas la paix,
ils ne réconfortaient pas.
L'amour que le temps apporte
le temps le remporte dans la main.



C'est le temps qui a séché
la fleur qui n'existait pas encore.
Lorsque l'automne est arrivé
à place du printemps!

Dans notre sang circulait
le vent de la solitude.
La nuit tombait et c'était le jour,
et la journée terminait en nous…

Et tout ce qui en nous à peine commençait
n'a pas eu le nom de la vie:
c'était un baiser que l'on donnait
sur une bouche déjà désunie.
VERDES ANOS

Era o amor
que chegava e partia:
estarmos os dois
era um calor
que arrefecia
sem antes nem depois…
Era um segredo
sem ninguém para ouvir:
eram enganos
e era um medo,
a morte a rir
nos nossos verdes anos...

Teus olhos não eram paz,
não eram consolação.
O amor que o tempo traz
o tempo o leva na mão.

Foi o tempo que secou
a flor que ainda não era.
Como o Outono chegou
no lugar da Primavera!

No nosso sangue corria
um vento de sermos sós.
Nascia a noite e era dia,
e o dia acabava em nós…

O que em nós mal começava
não teve nome de vida:
era um beijo que se dava
numa boca já perdida.

Pedro Tamen
(1963) (da secção Esparsos de Retábulo das Matérias (1956-2001), Gótica, 2001)

Les "Vertes Années" est un film du réalisateur portugais Paulo Rocha, un drame de la jeunesse des années 1960, qui vit dans le climat oppressant d'une Lisbonne gouvernée par le régime dictatorial salazariste.
A Canção Verdes Anos ou Verdes Anos é um tema do compositor português Carlos Paredes com letra de Pedro Tamen, que faz parte da banda sonora do filme Os Verdes Anos (1963)

OS VERDES ANOS - excerto from Midas Filmes on Video 
Os Verdes Anos (1963) Director: Paulo Rocha Verdes Anos é uma obra de mocidade, um filme confessional, contado com pudor, como que a pedir desculpa, o choque entre a aldeia pura e a cidade opressiva, ou, se quisermos, o choque entre o fim da adolescência e a entrada no tempo adulto.

Je vous invite à écouter une version plus recente des "Vertes Années", chantée par la jolie voix de Mariana Abrunheiro :
Verdes Anos_Cantar Paredes_Mariana Abrunheiro
Pedro Carneiro e Ruben Alves_2015_HD Publié par Mariana Abrunheiro Publicado a 09/11/2015 Cantar Paredes (2º álbum de Mariana Abrunheiro_2015) Verdes Anos (letra Pedro Tamen/ música Carlos Paredes) Músicos: Mariana Abrunheiro (voz), Pedro Carneiro (vibrafone e marimba) e Ruben Alves (piano) 


No Poetizando com a Profª Lourdes, fiquei inspirada pela
3ª Imagem- Um casal namorando, a jovem sentada em um carro antigo, parado num estrada deserta, que copio do blogue dela. 

Imagino que ficaria bem, numa cena dos "Verdes Anos" ! Muito obrigada amiga, é com carinho que respondo ao seu convite da 58ª edição, com esta participação, que termino por aqui, porque não terei disponibilidade para fazer um trabalho meu. Espero que gostem da mesma maneira. Abraço.

samedi 20 octobre 2018

Luis de Camoes - Leonor



source image: Wikipedia
Luís Vaz de Camões
(1524 – 1580) – poète portugais - c'est le poète des aventures et des épopées, mais aussi, le poète de l'amour. L'histoire et la légende lui attribuent une vie de bohème et de nombreuses passions.
Je vous présente ma traduction d'un poème de Luís de Camões, que j'avais déjà publié dans un autre post, mais que je trouve qui s'adapte au sujet de cette semaine.
C'est ma traduction libre, d'amateur, j'espère que vous aimerez ces deux Leonor!

Descalça vai para a fonte ! Pieds nus elle va a la source
source image: https://slideplayer.com.br/slide/295767/
Pieds nus elle va à la source
Leonor, par la verdure;
Elle va belle, mais pas sûre d'elle.

Sur la tête elle porte la cruche,
Le couvercle dans ses mains d'argent,
Ceinture de fine escarlate,
Petite veste de laine;
Elle porte la jupe plissée,
Plus blanche que la neige pure.
Elle va belle mais pas sûre d'elle.


La gorge par le bonnet dévoilée,
Les cheveux en or tressés,
Ruban de couleur vermeil,
Si belle que le monde s'émerveille.
Sur elle tant de grâce se déverse,
Que gagne en charme la beauté.
Elle va belle mais pas sûre d'elle.




E PORQUE “HOJE É DIA DE POETIZAR E ENCANTAR* *Olá amigos e amigas! Chegamos a 57ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO.* *Objetivo da brincadeira* *A brincadeira tem como objetivo a interação entre amigos, visitando e comentando os blogues participante… são palavras do convite da Profª Lourdes!

Numa inspiração de brincadeira poética, escolhi a imagem a 4ª imagem do "Poetizando", espero que gostem ! Tentei que a nossa Leonor se mantenha linda !!
Muito obrigada pelo vosso carinho :)


Leonor, em perfeita harmonia,
Confiante que a beleza dura,
Vai formosa e vai segura!

Move seu corpo escultural, 
Esguia no olhar que seduz, 
Que ofusca a própria luz,
Tem feitiço de namorar, 
Suas pernas de enfeitiçar,
Numa dança que perdura, 
Vai formosa e vai segura!

Penteiam-na os raios do sol.
Descalça pela calçada,
Porte de rainha coroada,
Colar de ouro na garganta,
Divina sedução que encanta.
Inveja-a a lua que murmura :
Vai formosa e vai segura!

Angela

dimanche 14 octobre 2018

Sol dourado


Brinquemos aos poetas com a Profª Lourdes Duarte!
A brincadeira tem como objetivo criar interação entre amigos, e incentivar o amor à poesia ! Assim nos convida a Lourdes, no seu Poetizando e Encantando, para que o seu bloque seja um local de encontro, de onde partimos para visitas aos outros blogues que participam com amizade e criatividade.
A imagem que copiei da 56ª edição do seu blogue e que me inspirou foi a 1ª Imagem: Um casal abraçados, se olhando apaixonado fazendo um coração com as mãos numa paisagem que tem um grande lago.


Sol dourado

Faço do sol a testemunha da minha crença
de que nascemos para amar e ser amados!
Mas acredito que haja outros que em desavença,

da fé no ódio se achem delegados!

Será que quem vê caras não vê corações,
como diz o povo, em ar de tormento.
De magia e encanto  eu quero viver,
sem palavras que se fundam num lamento!

Eu só quero ser aquela que, nos teus olhos
da cor do ouro, se fez estrela,
na noite iluminada de um coração ardente.

Mergulho na tua luz e o meu amor consente
,
respiro o brilho destas águas,
e parando o tempo, amo intensamente!

Angela 

vendredi 12 octobre 2018

Rodrigues Lobo - "Fermoso rio Lis / la belle riviere Lis"



Je vous invite à connaitre la poesie de Francisco Rodrigues Lobo, (1580-1622), écrivain et poète portugais né à Leiria.

Étudiant en droit à l'université de Coimbra, Rodrigues Lobo a été l'un des principaux auteurs représentant le maniérisme au Portugal, un mouvement artistique européen, qui correspond à la période entre la Renaissance et le Baroque. 
Le maniérisme se développe dans un climat  d'incertitude et d'inquiétude qui sévit en Europe, que l'on situe entre 1530 et 1610, et marque une rupture avec l'esprit et l'idéal d'harmonie de la Renaissance. C'est un art de l'émotion et du sentiment. Le maniérisme cherche à provoquer l'effet de surprise et toutes sortes de sensations. 
Rodrigues Lobo, n'a pas vécu une longue vie; il se noya dans le Tage, lors du naufrage d'un bateau dans lequel il voyageait entre Santarém et Lisbonne.

En amateur, j'ai préparé la traduction  du poème, sonnet bucolique:
"Fermoso rio Lis..."  / La belle rivière Lis

La belle rivière Lis, qui entre les bosquets
Avances en  freinant tes eaux lentes,
Jusqu'à ce que les unes sur les autres, envieuses,
Elles couvrent l'embrasure de ces rochers;

Vertes patelles, qui au pied de hautes falaises
Tu es la maison des nymphes les plus belles,
Fontaines, arbres, herbes, lis, roses,
Dans ceux qui cachent l'amour, tant de secrets;

Si tu es libre de tout sentiment humain,
Où il n'existe ni le choix ni la volonté,
Mais où par toi les lois de l'amour sont respectées.

Comment ma pensée pourra-t-elle se libérer?
De rendre l'âme, la vie et la liberté,

Si elle connait la raison d'être asservie?


Image de la rivière Lis qui baigne la ville de Leiria (Wikipedia)

Et voici les vers du poème original:

Fermoso rio Lis

Fermoso rio Lis, que entre arvoredos
Ides detendo as águas vagarosas,
Até que umas sobre outras, de invejosas,
Ficam cobrindo o vão destes penedos;

Verdes lapas, que ao pé de altos rochedos
Sois morada das Ninfas mais fermosas,
Fontes, árvores, ervas, lírios, rosas,
Em quem esconde Amor tantos segredos;

Se vós, livres de humano sentimento,
Em quem não cabe escolha nem vontade,
Também às leis de Amor guardais respeito.

Como se há-de livrar meu pensamento
De render alma, vida e liberdade,
Se conhece a razão de estar sujeito?

- excerto de Primavera, Vales e Montes..., Floresta Undécima,
de Francisco Rodrigues Lobo.

Para terminar: o convite da nossa querida Prof. Lourdes não está esquecido ! Trata-se da 55ª edição do Poetizando e Encantando, que tanto nos encanta, e de onde copio as duas imagens ! Aqui vai o meu contributo para a brincadeira das palavras mágicas ! Espero que gostem:
Mulher anjo

Mulher anjo, mulher ninfa, mulher lua,
Carregas em ti o peso da dor e do amor
Entregas ao vento, a tua alma nua,
Com bênçãos de harmonia e resplendor!

Diz o vento, que maçada: na ramagem,
Não te posso levar comigo !
Mulher natura te embrenhas na folhagem,
Diz o sol, com seu calor: sou teu amigo!

Plantam-se sementes embriagantes de paixão,
Mulher deusa, respira de liberdade o coração,
E corres pela encostas da serrania!

Levanta-se o perfume da erva que crescia,
Mulher flor, da terra dourada e sedenta, 

Brota o luar que tudo contenta!

Angela

lundi 1 octobre 2018

LER


Por atraso meu, a 54ª Edição da nossa querida amiga só foi participada bastante tarde! Mas como já tinha algumas linhas, terminei e publico mesmo assim:
A Prof. Lourdes escreveu:
Chegamos à 54ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO.
Vamos a mais um desafio poético, semanal.
A poesia é o encanto da alma folheada em versos.
( Erasmo Shallkytton)
E eu transcrevo as suas palavras e a inspiração de “alma folheada” com 1ª Imagem- Uma jovem sentada entre as flores, romanticamente lendo um livro de poesias, conto ou romance.

LER

Um livro acorda o gigante
com passos de granito e de bruma,
com folhas de campos de giestas,
com rolos de montanhas de espuma.

Nas rotas do conhecimento,
nas páginas por onde a musa seguia,
por penhascos assombrados,
por onde a lenda crescia!

Num livro se içam as velas,
e de palavras se cobre o mar,
enviam-se mensagens de amor,
lêem-se cartas de marear.

Mas por mais que o céu tenha limites,
que ligam o passado ao presente,
por vezes a mente se aventura,
em leitura inconfidente!

Angela