Accompagnons les flâneries de poètes de langue portugaise, les compositions de rimes, les pensées inquiètes ou riantes, de Fernando Pessoa, Luis de Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Avelina Noronha, Manuel Fonseca...
(o tradutor à direita da página poderá contribuir para uma melhor compreensão dos textos. Obrigada)
Diz a Prof. Lourdes no seu blogue POETIZANDO E ENCANTANDO que “....É uma brincadeira sem competição, participa-se com o coração e o amor a poesia...” Em resposta ao desafio que nos propõe esta semana, na 53ª Edição, escolhi a 1ª Imagem- uma linda jovem deitada, alegre, feliz, sorrindo rodeada de rosas em sua cama. Tenho muito gosto em participar ! Vou ver se consigo !
A procura
O sonho procura o amor Na forma e na cor que melhor lhe convier, Que seja homem, que seja mulher, As convicções podem contar-se, nas pétalas de uma flor!
O amor procura a paixão. Com laivos rubros de infinito, Nos versos do desencanto, Nas promessas de um novo canto, No vermelho sangue de um grito.
O coração procura a razão Pelos caminhos da emoção! Na linhas da palma da mão No veludo cor de carmim, Na doce almofada de cetim!
Mas a paixão esconde-se da razão, Nas dobras de um véu etéreo, Em rodas vivas de mistério. E de novo o mundo encanta Porque será sempre o amor Que sairá vencedor!
Em resposta ao convite da 52ª Edição do Poetizando e Encantando, fica aqui a minha participação; embarquemos com a querida Prof. Lourdes na nau das palavras poéticas, transpondo,
a 1ª Imagem - Uma paisagem com uma estrada em meio a natureza, como se formasse galhos de uma grande árvore. Uma jovem caminha em frente, escolhendo sua direção.
o coração aconselha-nos sobre os caminhos a seguir.
Ninguém adivinha o que está por vir !
A incerteza bate-nos à porta.
Mesmo sendo remota,
ela exibe o seu brilho!
Será mesmo por este trilho,
pertença de Madalenas arrependidas?
que nos atraem sinfonias desmedidas,
prendem-nos ilusões perdidas,
mágoas contidas,
tudo nos enriquece,
e a vida acontece!
Assim procuramos mentes airosas,
como essências de rosas,
que nos ajudem a escolher,
no misto de destinos cruzados
que o futuro tem para oferecer !
Então encontraremos amores cobertos de aurora,
vaidades pelo mundo fora,
os sorrisos de uma criança,
que refletem ternura e esperança,
e o coração acalma e descansa !
Angela
Je vous propose aujourd'hui de suivre les vers de ce poème écrit para José Luís Tinoco, mis en musique et déjà interprété d'abord par Carlos de Carmo, et depuis par grand nombre de chanteurs portugais.
Ici, par la voix de la chanteuse portugaise Dulce Pontes, j'espère qu'il vous plaira :
No Teu Poema - Dulce Pontes
Publié par Mlle Lisieux Ajoutée le 24 juil. 2011
NO TEU POEMA... Versos imortais de José Luís Tinoco, já interpretados por Carlos do Carmo, Mafalda Arnauth, a grande Simone de Oliveira e... Sra. D. Dulce Pontes.
J'espère que ma traduction d'amateur vous aiderá à aimer ce joli poème :
Dans ton poème il y a un vers en blanc et sans mesure, un corps qui respire, un ciel ouvert, une fenêtre qui se penche vers la vie. Dans ton poème, il y a la douleur silencieuse en arrière-plan, le pas du courage dans la maison sombre et un balcon ouvert sur le monde.
Il y a la nuit le rire et la voix refaite à la lumière du jour, la fête de Notre Dame de l'Agonie et la fatigue du corps qui s'endort sur un lit froid.
Il y a une rivière, la destinée d'être né faible ou fort, le risque, la colère et la lutte de celui qui tombe ou qui résiste, qui gagne ou qui s'endort avant la mort.
Dans ton poème il y a le cri et l'écho de la mitraille, la douleur que je connais par coeur mais ne récite et les rêves inquiets des recalés.
Dans ton poème il y a un chant de l'Alentejo, la rue et la criée d’une vendeuse et voilier soufflé par le vent. Il y a une rivière la destinée d'être né faible ou fort, le risque, la colère et la lutte de celui qui tombe ou qui résiste,
qui gagne ou qui s'endort avant la mort.
Il y a une rivière Le chant des voix à l'unisson, des voix justes Une chanson de parole unique Et d'un seul destin à embarquer Sur le quai d'un nouveau navire des découverte Dans ton poème il y a de l'espoir attisé derrière le mur, il y a encore tout ce qui s’échappe et un vers en blanc qui attend le futur.
Et voici le texte du poème original:
No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra
E um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.
a imagem que serve de inspiração à minha poesia do dia
obrigada querida Prof. Lourdes, pelo amável convite !
1ª Imagem- Uma jovem sentada na varanda, com olhar perdido, inerte em seus pensamentos, aprecia o mar. A imagem é em preto e branco.
O Amor que está longe
Abro a janela do meu olhar
Na profundidade da minha alma,
Encontro o meu sonhar.
Sinto o peso da saudade:
Foste dar a volta ao mundo
Deixaste-me num dilema profundo.
Como amar-te de tão longe ?
Tão ausente o amor,
Não tem cor.
Trago o vestido de jovem por casar.
Onde foi parar o contorno do teu rosto ?
Pergunto às nuvens questiono o ar.
Na dúvida carente culpo o mar.
Lágrimas de mágoa soltam-se de mim,
O oceano é imenso, não tem fim.
Não pensar em ti não consigo,
Quero-te perto, quero-te comigo,
Levaste contigo a luz da felicidade.
Tal Penélope Lusitana,
Cada dia desfaço a trama.
Chamo por ti no tumulto da cidade,
Só me responde o silêncio,
Suave mistério do amor,
No tormento de uma flor.
Angela
Mas as coisas mudam ! Gisela João canta VOLTASTE Il y a une évolution :
Gisela João - Voltaste Publié par Virgilio Barata Ajoutée le 19 sept. 2016 Ao Vivo, no Largo de S. Carlos, inserido no evento Lisboa na Rua
Voltaste, ainda bem que voltaste
As saudades que eu sentia
não podes avaliar
Voltaste, e à minha vida vazia
Voltou aquela alegria
que só tu lhe podes dar
Voltaste, ainda bem que voltaste
Embora saiba que vou
sofrer o que já sofri
Cansei, cansei de chorar sozinha
Antes mentiras contigo
do que verdades sem ti
Voltaste, que coisa mais singular,
Eu quase não sei cantar
se tu não estás a meu lado
Voltaste, já não me queixo não grito
És o verso mais bonito
deste meu fado acabado
Voltaste, ainda bem que voltaste
O passado é passado,
para quê lembrar agora
Voltaste, quero lá saber da vida
Quando dormes a meu lado,
a vida dorme lá fora