Francisco
Xavier Cândido Guerreiro - poète portugais
(Alte, 3 de Dezembro de 1871 — Lisboa, 11 de Abril de 1953)
(Alte, 3 de Dezembro de 1871 — Lisboa, 11 de Abril de 1953)
Le chemin d'accès aux sources du village de Alte est parsemé de poèmes du poète portugais Cândido Guerreiro qui est né dans cette ville de l'Algarve en 1871.
Plusieurs panneaux d'azulejos servent de support à l'hommage qui est rendu au poète, fils de la ville.
Ce poème dont j'ai préparé une traduction pour aider ceux qui ne comprennent pas le portugais, fait allusion à la nostalgie que le poète ressentait lorsqu'il faisait ses études à l'Université de Coimbra, et qu'il était ainsi, loin de sa terre natale.
Parce que je suis né entouré
de quatre monts,
Par où les eaux coulent en chantant
Les chansons des moulins et des ponts,
Les eaux m’ont appris à parler…
Je connais votre langage, eau des sources…
Vous pouvex me parler, eaux de l’océan…
Et le soir j’entends, les lointains horizons,
Qui pleurent avec une singulière nostalgie...
Et parce que je comprends bien cette agonie,
Et que je comprends les secrets intimes
Des voix de la mer ou du rocher muet,
Je suis le frère de la lumière, de l’air et de l’eau,
Je suis le frère des abruptes rochers,
Je sens que je suis Dieu, car Dieu est le monde entier...
Par où les eaux coulent en chantant
Les chansons des moulins et des ponts,
Les eaux m’ont appris à parler…
Je connais votre langage, eau des sources…
Vous pouvex me parler, eaux de l’océan…
Et le soir j’entends, les lointains horizons,
Qui pleurent avec une singulière nostalgie...
Et parce que je comprends bien cette agonie,
Et que je comprends les secrets intimes
Des voix de la mer ou du rocher muet,
Je suis le frère de la lumière, de l’air et de l’eau,
Je suis le frère des abruptes rochers,
Je sens que je suis Dieu, car Dieu est le monde entier...
Voici le texte original :
Porque nasci ao pé de quatro montes,
Por onde as águas passam a cantar
As canções dos moinhos e das pontes
Ensinarem-me as águas a falar…
Eu sei a vossa língua, água das fontes…
Podeis falar comigo, águas do mar…
E ouço à tarde, os longínquos horizontes,
Chorar uma saudade singular…
E porque entendo bem aquelas mágoas,
E compreendo os íntimos segredos
Da voz do mar ou do rochedo mudo,
Sinto-me irmão da luz, do ar, das águas,
Sinto-me irmão dos íngremes penedos,
Sinto que sou Deus, pois Deus é tudo...
Por onde as águas passam a cantar
As canções dos moinhos e das pontes
Ensinarem-me as águas a falar…
Eu sei a vossa língua, água das fontes…
Podeis falar comigo, águas do mar…
E ouço à tarde, os longínquos horizontes,
Chorar uma saudade singular…
E porque entendo bem aquelas mágoas,
E compreendo os íntimos segredos
Da voz do mar ou do rochedo mudo,
Sinto-me irmão da luz, do ar, das águas,
Sinto-me irmão dos íngremes penedos,
Sinto que sou Deus, pois Deus é tudo...
Il y a d'autres poèmes de Cândido Guerreiro que l'on peut admirer dans la ville de Alte, autour de l'enceinte de la rivière:
As coisas que a Angela nos faz descobrir!!
RépondreSupprimerBoa semana
Olá, amiga!
RépondreSupprimerNão conhecia nem o nome do poeta, qto mais a sua poesia! Também não conheço a aldeia de Alte no Algarve.
Mesmo que partamos da nossa terra de origem cedo e pra sempre, ficam sempre em nós vestígios, raízes de lá. Coimbra deu-lhe sabedoria académica, mas a afeição ficou no seu Algarve.
Gostei mto dos azulejos com poemas de Cândido Guerreiro, tal como das outras fotografias. Remaste o post com uma mto linda.
Beijinhos e um dia feliz. Agora, está sol aqui, embora esteja mto vento.
Me gusto tu entrada
RépondreSupprimerCândido Guerreiro.
Besos
Amiga Angela querida,
RépondreSupprimerTua postagem é cultura
Tão absoluta e pura
Que retrata amor e vida
De extraordinária candura
De Cândido, cuja sua lida
Foi puro amor por ter sida
Toda apontada à cultura
Sendo tão cheia, e vazia
Visto que a poesia
É para a alma, mistério.
Azulejos foram a via
De eternizar esse guia
Do amor que vive no etéreo.
Angela, sempre admiro tuas postagens interessantes. Esta está maravilhosa. Parabéns! Belíssimo comentário também, fizestes no meu blog, e te agradeço, além de tudo por querer conhecer melhor nossa ilha que muitos dos europeus a visualizam distante do continente, mas estando dele a poucos metros e ligada ao mesmo por três pontes. Tenho um livro editado por universidade nossa, "Ilha de Idílios" que conta toda a história da ilha com poemas narrativos em décimas do cancioneiro português, que foram muito usadas aqui quando da colonização.
Se tiveres interesse, mande-me teu endereço postal que te encaminharei um exemplar. Meu e-mail mais usual: laerte.silvio.tavares@gmail.com. Grande abraço. Laerte.
Sua página me encanta enquanto
RépondreSupprimersuas palavras enfeitam-me a alma.
Estou seguindo o seu blog, se é
que isso importa no momento.
Um abraço.
.
È maravilhosa suas postagens os poemas
RépondreSupprimeré certamente um cantinho no Paraíso.
Tenho demorado para fazer visitas ,
mas Deus esta no controle de nossas vidas.
Um carinhoso abraço.
Evanir.
Querida Ângela
RépondreSupprimerConfesso a minha ignorância - não conhecia o poeta Cândido Guerreiro, mas gostei muito da sua poesia.
Os azulejos com os poemas são lindíssimos.
Conheço Alte apenas de passagem. É uma localidade muito simpática, e o hotel é bastante bom. Alte é considerada a ladeia mais típica do Algarve.
Assim é o nosso país... muito atraente.
Gostei muito da "cestinha". Estava muito doce... :)))
Bom final de Domingo
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Claro que não é "ladeia", mas sim ALDEIA!!!
RépondreSupprimer+ 1 beijito
Cândido Guerreiro está para o Algarve como Guerra Junqueiro para Trás-os Montes. São dois expoentes máximos da nossa Poesia a quem tiro o meu chapéu.
RépondreSupprimerSaudações poéticas.
Juvenal Nunes
Sugiro que me visite em Esperança Renovada