Accompagnons les flâneries de poètes de langue portugaise, les compositions de rimes, les pensées inquiètes ou riantes, de Fernando Pessoa, Luis de Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Avelina Noronha, Manuel Fonseca...
(o tradutor à direita da página poderá contribuir para uma melhor compreensão dos textos. Obrigada)
Homenageando o Natal com a Prof.ª Lourdes do Poetizando e Encantando, na sua 66ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO NATALINO transportando do blogue da Profª Lourdes,
1ª Imagem - um Presépio bem humilde, o menino Jesus na manjedoura, os animais, Maria e José adorando o Salvador.
Estrela de Natal Os cantos ecoavam nos montes; A Virgem Maria sorria: do seu segredo divino só a estrela do Oriente sabia!
As outras luzinhas do céu, que o nosso olhar contemplava, repousavam no mais sedoso véu, que um presépio circundava.
Deste glorioso nascimento, chegou a nova um dia. A esperança encheu o ar, da mais esplendorosa alegria!
E enquanto a mensageira do mundo, a nossa fé transportava, iluminavam-se os nossos olhos, à luz que dela brotava.
Brilhava, brilhava a estrelinha de Natal quando acordou o menino, que escolheu nascer pobrezinho, mas cheio de amor sem igual! Angela
E agora que Jesus nasceu, associo a estes dias este cântico tradicional português "Eu hei de m'ir ao presépio" interpretado pelo grupo coral da Academia de Música de Santa Cecília, na Basílica do Palácio Nacional de Mafra, e tocado nos seis órgãos da basílica:
Eu hei de Eu "Eu hei de m'ir ao presépio" - Tradicional / Arr. Carlos Garcia
Concerto de Natal da Academia de Música de Santa Cecília
Publié par Carlos Garcia Publicado a 30/01/2017
@ Basílica do Palácio Nacional de Mafra
Maestro - António Gonçalves Coros da AMSC
Organistas:
Rui Paiva, órgão da Epístola;
Flávia Almeida Castro, órgão do Evangelho
António Pereira (aluno da AMSC), órgão de S. Pedro d'Alcântara
João Valério (aluno da AMSC), órgão do Sacramento
Sara Neto (aluno da AMSC), órgão da Conceição
Afonso Dias (aluno da AMSC), órgão de Sta. Bárbara
Homenageando o Natal com a Prof.ª Lourdes do Poetizando e Encantando, na sua 66ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO NATALINO transportando do blogue da Profª Lourdes,
1ª Imagem - um Presépio bem humilde, o menino Jesus na manjedoura, os animais, Maria e José adorando o Salvador.
E agora que Jesus nasceu, associo a estes dias este cântico tradicional português "o menino está dormindo" que se pensa ser do século XVII.
Un chant traditionnel de Noël que l'on chante depuis longtemps au Portugal "le petit enfant dort" (o menino está dormindo):
Cuca Roseta Cuca Roseta - "O menino está dormindo"
Publié par Cuca Roseta Publicado a 17/12/2016
Cuca Roseta canta no 2º Concerto de Natal RTP Mosteiro de São Bento da Vitória (Porto) - 2013.
O menino está dormindo
Nas palhinhas, despidinho, (bis)
Os anjos Lhe 'stão cantando
Por amor tão pobrezinho. (bis)
O menino está dormindo
Nos braços da Virgem pura. (bis)
Os anjos Lhe 'stão cantando:
«Hossana lá nas alturas». (bis)
O menino está dormindo
Nos braços de São José, (bis)
Os anjos Lhe 'stão cantando:
«Gloria tibi domine». (bis)
O menino está dormindo
Um sono de amor profundo (bis)
Os anjos Lhe 'stão cantando:
«Viva o salvador do mundo»! (bis)
O menino está dormindo Nas palhinhas, despidinho, (bis) Os anjos Lhe 'stão cantando Por amor tão pobrezinho. (bis)
O menino está dormindo Nos braços da Virgem pura. (bis) Os anjos Lhe 'stão cantando: «Hossana lá nas alturas». (bis)
nom de baptême : Flor Bela de Alma da Conceição, née le 8 décembre 1894 à Vila Viçosa en Alentejo, est une des plus grandes poétesses portugaises.
Dans ses créations poétiques, Florbela Espanca aborde les thèmes féministes, et essentiellement liés à l'érotisme et à l'amour.
image du net
ma traduction libre du poème de Florbela Espanca:
Réalité
En toi mon regard est devenu l'aube Et ma voix comme dans un nid le chant, Et ma bouche rouge et amoureuse Avait la fraîcheur pâle du lin.
Ton baiser m’a enivrée comme un vin doré d'Espagne, dans une coupe ciselé Et ma chevelure dénouée A mis à tes pieds l'ombre d'un chemin.
Mes paupières sont de couleur verveine, J'ai les yeux émeraude, je suis brune, Et c’est pour te rencontrer, que je suis née ...
Tu as été au long de la vie mon désir Et maintenant, je te parle, que je te vois, Je ne sais si je t’ai trouvé ...si je t’ai perdu …
Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. Viver intensamente foi o lema da sua vida.
Realidade
Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorjeio de ninho
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho.
Embriagou-me o teu beijo como um vinho
fulvo de Espanha, em taça cinzelada.
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho.
Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...
Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei... se te perdi…
Florbela Espanca, in: “Charneca em flor” (1931)
Como o olhar é a linguagem do coração, tem um poder infinito quando se trata de amar
Na 65ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO
da Prof.ª Lourdes Duarte,
encantei-me com a 1ª Imagem - Um lindo casal namoram entre as flores do campo, que retireidaqui :)
Katia Katia Katia Guerreiro - Fado dos Olhos
Publié par xic0
Publicado a 11/11/2010
Rtp Premios Talento
Diogo Lucena e Quadros - guitarra portuguesa
João Veiga - viola
Francisco Gaspar - contrabaixo
Assim fiquei sem tempo para compor uma poesia minha, será com estas apresentações que participo na 65ª edição do Poetizando! Continuação de feliz semana para todos :)
Esta semana pedi ajuda às ninfas! E acompanho a minha participação no "Poetizando e Encantando", na 63ª edição Aqui, com fotos que tirei quando visitei o jardim Buddha Eden (na região centro de Portugal), há alguns atrás. Espero que gostem do passeio, e agradeço a vossa amizade e carinho:)
2ª Imagem- Um casal namorando, sentados numa passarela de madeira que adentra no mar.
Chers ami(e)s je participe à au blog de Lourdes Duarte, le POETIZANDO E ENCANTANDO, où chaque semaine, elle nous invite à écrire un texte poétique, ou un poème, sur le sujet d'une image que l'on choisit parmi celles qu'elle nous propose.
image du net
Sur le sujet des "adieux", je vous propose de vous faire connaitre le poète portugais Eugénio de Andrade et son poème ADEUS, dont je fais une traduction d'amateur.
Nous avons déjà épuisé les mots par les rues, mon amour, et ce qui nous reste n'est pas suffisant pour conjurer le froid de quatre murs. Nous avons tout épuisé sauf le silence. Nous avons usé nos yeux avec le sel des larmes, nous avons usé nos mains de tant les resserrer, Nous avons usé l'horloge et les pierres des coins de rue dans une attente inutile.
Je mets mes mains dans mes poches et je ne trouve rien. Autrefois, nous avions tellement à nous donner! C'était comme si tout était à moi: plus je te donnais, plus j’en avais à te donner. Parfois tu disais: tes yeux sont des poissons verts! et je te croyais Je te croyais, parce qu'à tes côtés tout était possible. Mais c'était à l'époque des secrets, à l'époque où ton corps était un aquarium, à l’époque où mes yeux étaient des poissons verts. Aujourd'hui, ce ne sont que mes yeux. C'est peu, mais c'est vrai, des yeux comme tous les autres. Nous avons déjà épuisé les mots. Quand maintenant je dis: mon amour ..., rien ne se passe déjà plus. Et pourtant, avant que les mots ne soient épuisés, J’en suis sur que toutes les choses frissonaient rien que de murmurer ton nom dans le silence de mon coeur. Nous n'avons plus rien à donner. À l'intérieur de toi il n'y a rien qui me demande de l'eau. Le passé est inutile comme un chiffon. Et je t’ai déjà dit: les mots sont épuisés. Adieu.
Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro! Era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! e eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, no tempo em que o teu corpo era um aquário, no tempo em que os meus olhos eram peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor..., já se não passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração. Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus.
Eugénio de Andrade
O poeta Eugénio de Andrade nasceu na freguesia de Póva de Atalaia (Fundão) no dia 19 de Janeiro de 1923. Mudou-se para Lisboa aos dez anos devido à separação dos seus pais. Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministèrio da Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, onde viveu até à sua morte en 2005. https://pt.wikipedia.org/wiki/Eugénio_de_Andrade
Amanda Amanda Mirasci | Adeus | Eugenio de Andrade
Publié par Toda Poesia
Publicado a 20/05/2015 Amanda Mirasci apresenta "Adeus", poema de Eugenio de Andrade.
A partir de uma ou mais imagens que a Profª Lurdes indica a cada semana, desenvolve-se a criatividade escrevendo versos, poesias, pensamentos ou mensagens. É uma brincadeira sem competição, participa-se com o coração e o amor à poesia.
5ª Imagem -Uma jovem com malas nas mãos, caminha numa estrada no meio do mato enquanto se distancia de um jovem que a observa, como em uma despedida.
Utopia
Deitávamo-nos com sonhos dourados Como quem tem a pele perfumada Com as notas frescas de maracujá, Ou com a fragrância floral que convirá!
E o abraço durou por muito tempo A felicidade, sobrevoando os jardins, Percorria espaços como páginas de livros Aconchegando-se em veludos e cetins.
E a nossa vida era um filme de imagens Abençoada pelas estrelas, de paz e alegria, De portas abertas, luzes de Natal, De canções de luar, até ser dia.
E um dia tudo mudou. Tudo magoou. A traição apagou o aroma leve e delicado dos lírios. Não sei se irei voltar. Mas hoje sei, que embora me vou.
Da 60ª Edição do blogue da Profª Lourdes, reporto a 2ª Imagem- Uma paisagem chuvosa, uma jovem sentada no chão com ar de tristeza. Fico feliz por ler que a Lourdes continua a apoiar os desafios, e vou de seguida ler os versos encantados dos nossos amigos no Poetizando e Encantando!
Chegaste cedo demais
Meu amor, chegaste cedo de mais.
Num cenário de manhãs claras,
De penhascos reluzentes de orvalho,
Com reflexos de aurora presos nos quintais.
Um horizonte de poesia sem acordes,
Onde o meu coração, ainda que discordes,
Dormia, ternurento de infância e de sentimento,
E foi levado pelo turbilhão do momento.
Almas reveladas, fontes de prazer ,
Juntou-se o céu e a terra para te receber.
Vi-me noiva temerosa no altar,
Desapareci, desatinada, sem te abraçar.
Nesta ponte me prostrei e escondi
A minha ansiedade e o meu pranto,
Encontrei a paz e o silêncio que mendigo,
Beija-me a chuva no improvisado abrigo.
Angela
Minhas fotos do outono no parque municipal de Loulé
Cara Prof.ª Lourdes, foi a sua 1ª Imagem - Uma garrafa perdida na areia da praia com uma paisagem marítima com um navio dentro dela, que me inspirou, e dando seguimento ao convite da 59ª edição do Poetizando e Encantando, deixo aqui a minha participação, com carinho para todos :) beijinho, votos de feliz fim de semana!
Navegam os sonhos
Navegam os sonhos, flutuam luzes no mar Sem o sal da vida, nada é propício ao amor! Rompem as manhãs, florescem auroras, Ouvem-se sinos a tocar e canções de embalar, E a luz divide-se em abraços que se abrigam, Sob o manto enternecido de um olhar.
Quem poderá ainda encontrar os búzios, que na areia, escondem os segredos de um antigo naufragar?
O céu não tem limites; num sem fim azul Recebe mensagens de esperança e de saudade. As agulhas movem-se, os ventos sopram para sul. Para além do desconhecido e da vaidade, Nada se torna impossível, nada é sem valor, Como colocar um navio, numa garrafa em flor!
Angela
Fausto, de son nom Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias est un poète, compositeur, musicien et chanteur portugais né le 26 novembre 1948, à bord du navire "Pátria", qui navigait entre le Portugal et l'Angola (à cette époque une colonie du Portugal). Après avoir vécu vingt ans en Afrique, Fausto rentre à Lisbonne et la capitale devient sont lieu de résidence. Dans ce poème qu'il a composé, Fausto décrit la vie hasardeuse des anciens marins portugais qui partaient de Lisbonne pour de longs voyages sur les routes maritimes récemment découvertes...
Músico, poeta e compositor português, Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias nasceu a 26 de novembro de 1948, a bordo do navio "Pátria", que viajava entre Portugal e Angola. Ao fim de vinte anos em terra africana, viajou para Lisboa onde fixou residência.. Fausto, dedicado sobretudo ao canto de intervenção, é considerado um dos mais criativos e expressivos criadores e intérpretes da música popular portuguesa… Source:http://folhadepoesia.blogspot.com/2014/09/o-barco-vai-de-saida-fausto.html
Neste poema que compôs, Fausto homenageia os antigos marinheiros portugueses que embarcavam nos navios que partiam de Lisboa, nas aventuras das grandes descobertas, em viagens longas repletas de sonhos de grandeza, de grandes perigos e de saudades.
O barco vai de saída – Fausto
mmm
Publié par manuel ferreira
Publicado a 06/02/2011
O BARCO VAI DE SAÍDA
O barco vai de saída / C'est le départ du navire
Adeus ó cais de Alfama / Adieu oh quai d'Alfama
Se agora vou de partida / Car je m'en vais
Levo-te comigo ó cana verde / Je t'emporte oh cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor / Souviens-toi de moi mon amour
Lembra-te de mim nesta aventura / Souviens-toi de moi dans cette aventure
P’ra lá da loucura / Au-delà de la folie
P´ra lá do equador / Au-delà de l'Equateur
Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar /Ah quelle chance ingrate dont je me plains
Da pátria a pouca fartura / De la patrie le peu de biens
Cheia de mágoas ai quebra mar / Trop d'amertumes aï brise mer
Com tantos perigos ai minha vida / Tant de dangers aï ma vie
Com tantos medos e sobressaltos / Tant de frayeurs et d'anxiétés
Que eu já vou aos saltos / Que je parts en sautant
Que eu vou de fugida / Que je parts en fuyant
Sem contar essa história escondida / Sans raconter l'histoire cachée
Por servir de criado a essa senhora / Ayant servi de domestique à cette femme
Serviu-se ela também tão sedutora /Elle aussi s'est servie avec tant de séduction
Foi pecado. / Ce fut un pêché
Foi pecado! / Ce fut un pêché
E foi pecado sim senhor! Ce fut un pêché, c'est vrai !
Que vida boa era a de Lisboa! Que la vie était belle à Lisbonne!
Gingão de roda batida / Baroudeur de longue date,
Corsário sem cruzado / Corsaire sans le sou
Ao som do baile mandado / Au son du bal commandé
Em terras de pimenta e maravilha / Dans les terres de poivre et merveilles
Com sonhos de prata e fantasia / Avec des rêves d'argent et de fantaisie
Com sonhos da cor do arco-íris / Avec des rêves couleur de l'arc-en-ciel
Desvairas se os vires / Tu hallucines si tu les vois
Desvairas magia / Tu hallucines la magie
Já tenho a vela enfunada / Ma voile est déjà gonflée
Marrano sem vergonha / Marrano sans gêne
Judeu sem coisa sem fronha / Juif sans rien sans visage
Vou de viagem ai que largada / Quel départ je parts en voyage
Só vejo cores ai que alegria / Je vois tout en couleur ah quel bonheur
Só vejo piratas e tesouros / Je ne vois que pirates et trésors
São pratas são ouros / Tout est en argent et en or
São noites são dias / Ce sont des nuits et des jours
Vou no espantoso trono das águas / Je suis sur le trone des vagues
Vou no tremendo assopro dos ventos / Je suis sur l'affolant souffle des vents
Vou por cima dos meus pensamentos / Je vais sur le dessus de mes pensées
Arrepia / C'est effrayant
Arrepia / C'est effrayant
E arrepia sim senhor / C'est vrai que c'est effrayant
Que vida boa era a de Lisboa / Que la vie était belle á Lisbonne!
O mar das águas ardendo / Les eaux de l'océan brûlent
O delírio dos céus / Les cieux sont en délire
A fúria do barlavento / C'est la furie à l'ouest
Arreia a vela e vai marujo ao leme / Marin retient la voile et le gouvernail
Vira o barco e cai marujo ao mar / Navire retourné et marin à la mer tombé
Vira o barco na curva da morte / Navire retourné dans la virage de la mort
Olha a minha sorte / Regarde ma chance
Olha o meu azar / Regarde le hazard
E depois do barco virado / Avec le navire retourné
Grandes urros e gritos / Les hurlements et les cris
Na salvação dos aflitos / En sauvant les rescapés
Esfola, mata, agarra / Dépouille, tue, saisit,
Ai quem me ajuda / Ah qui peut m'aider
Reza, implora, escapa / Prie, implore, fuit,
Ai que pagode / Ah quelle fête
Reza tremem heróis e eunucos / Prie tremblent les héros et les eunuques
São mouros são turcos / Ce sont des maures ce sont des turques
São mouros acode / Ce sont des maures au secours
Aquilo é uma tempestade medonha / C'est une horrible tempête
Aquilo vai p´ra lá do que é eterno / C'est au delà de ce qui est éternel
Aquilo era o retrato do inferno / C'était la face de l'enfer
Vai ao fundo / Il coule
Vai ao fundo / Il coule
E vai ao fundo sim senhor / Il coule c'est vrai
Que vida boa era a de Lisboa. / Que la vie était belle à Lisbonne !
Letra e música de
Fausto Bordalo Dias, in Por este rio
acima,
1982
image du net:http://fausto-bordalodias.blogspot.com/p/discografia.html
Pedro Tamen est un poète et écrivain portugais né à Lisbonne, en 1934,
Son poème les "Vertes Années" a été mis en musique par le compositeur portugais Carlos Paredes.
La musique associée au poème devienent la bande sonore du film du même nom "Os Verdes Anos", de Paulo Rocha, sorti en 1963.
Voici la traduction d'amateur que j'ai préparée pour vous aider à mieux comprendre les paroles:
O Poema de Pedro Tamen está associado à banda sonoro do filme com o mesmo nome, "Verdes Anos", do realizador português Paulo Rocha, em 1963
VERTES ANNÉES C'était l'amour qui arrivait et partait: nous étions tous les deux c'était la chaleur qui refroidissait sans avant ou après… C'était un secret sans personne pour écouter: c'étaient des tromperies et 'était la peur, la mort qui riait dans nos vertes années...
Tes yeux n'étaient pas la paix, ils ne réconfortaient pas. L'amour que le temps apporte le temps le remporte dans la main.
C'est le temps qui a séché
la fleur qui n'existait pas encore. Lorsque l'automne est arrivé à place du printemps!
Dans notre sang circulait le vent de la solitude. La nuit tombait et c'était le jour, et la journée terminait en nous…
Et tout ce qui en nous à peine commençait n'a pas eu le nom de la vie: c'était un baiser que l'on donnait sur une bouche déjà désunie.
VERDES ANOS
Era o amor
que chegava e partia:
estarmos os dois
era um calor
que arrefecia
sem antes nem depois…
Era um segredo
sem ninguém para ouvir:
eram enganos
e era um medo,
a morte a rir
nos nossos verdes anos...
Teus olhos não eram paz,
não eram consolação.
O amor que o tempo traz
o tempo o leva na mão.
Foi o tempo que secou
a flor que ainda não era.
Como o Outono chegou
no lugar da Primavera!
No nosso sangue corria
um vento de sermos sós.
Nascia a noite e era dia,
e o dia acabava em nós…
O que em nós mal começava
não teve nome de vida:
era um beijo que se dava
numa boca já perdida.
Pedro Tamen
(1963) (da secção Esparsos de Retábulo das Matérias (1956-2001), Gótica, 2001)
Les "Vertes Années" est un film du réalisateur portugais Paulo Rocha, un drame de la jeunesse des années 1960, qui vit dans le climat oppressant d'une Lisbonne gouvernée par le régime dictatorial salazariste.
A Canção Verdes Anos ou Verdes Anos é um tema do compositor português Carlos Paredes com letra de Pedro Tamen, que faz parte da banda sonora do filme Os Verdes Anos (1963)
OS VERDES ANOS - excerto from Midas Filmes on Video
Os Verdes Anos (1963) Director: Paulo Rocha Verdes Anos é uma obra de mocidade, um filme confessional, contado com pudor, como que a pedir desculpa, o choque entre a aldeia pura e a cidade opressiva, ou, se quisermos, o choque entre o fim da adolescência e a entrada no tempo adulto.
Je vous invite à écouter une version plus recente des "Vertes Années", chantée par la jolie voix de Mariana Abrunheiro :
Verdes Anos_Cantar Paredes_Mariana Abrunheiro,
Pedro Carneiro e Ruben Alves_2015_HD Publié par Mariana Abrunheiro Publicado a 09/11/2015 Cantar Paredes (2º álbum de Mariana Abrunheiro_2015) Verdes Anos (letra Pedro Tamen/ música Carlos Paredes) Músicos: Mariana Abrunheiro (voz), Pedro Carneiro (vibrafone e marimba) e Ruben Alves (piano)
No Poetizando com a Profª Lourdes, fiquei inspirada pela 3ª Imagem- Um casal namorando, a jovem sentada em um carro antigo, parado num estrada deserta, que copio do blogue dela.
Imagino que ficaria bem, numa cena dos "Verdes Anos" ! Muito obrigada amiga, é com carinho que respondo ao seu convite da 58ª edição, com esta participação, que termino por aqui, porque não terei disponibilidade para fazer um trabalho meu. Espero que gostem da mesma maneira. Abraço.
source image: Wikipedia Luís Vaz de Camões (1524 – 1580) – poète portugais - c'est le poète des aventures et des épopées, mais aussi, le poète de l'amour. L'histoire et la légende lui attribuent une vie de bohème et de nombreuses passions.
Je vous présente ma traduction d'un poème de Luís de Camões, que j'avais déjà publié dans un autre post, mais que je trouve qui s'adapte au sujet de cette semaine.
C'est ma traduction libre, d'amateur, j'espère que vous aimerez ces deux Leonor!
Descalça vai para a fonte ! Pieds nus elle va a la source
source image: https://slideplayer.com.br/slide/295767/ Pieds nus elle va à la source Leonor, par la verdure; Elle va belle, mais pas sûre d'elle. Sur la tête elle porte la cruche, Le couvercle dans ses mains d'argent, Ceinture de fine escarlate, Petite veste de laine; Elle porte la jupe plissée, Plus blanche que la neige pure. Elle va belle mais pas sûre d'elle.
La gorge par le bonnet dévoilée, Les cheveux en or tressés, Ruban de couleur vermeil, Si belle que le monde s'émerveille. Sur elle tant de grâce se déverse, Que gagne en charme la beauté. Elle va belle mais pas sûre d'elle.
E PORQUE “HOJE É DIA DE POETIZAR E ENCANTAR* *Olá amigos e amigas! Chegamos a 57ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO.* *Objetivo da brincadeira* *A brincadeira tem como objetivo a interação entre amigos, visitando e comentando os blogues participante… são palavras do convite da Profª Lourdes!
Numa inspiração de brincadeira poética, escolhi a imagem a 4ª imagem do "Poetizando", espero que gostem ! Tentei que a nossa Leonor se mantenha linda !!
Muito obrigada pelo vosso carinho :)
Leonor, em perfeita harmonia, Confiante que a beleza dura, Vai formosa e vai segura!