Pausa deste blog

dimanche 26 août 2018

Brasil


Le symbolisme est courant littéraire et artistique qui surgit en Europe au XIXe siècle, qui par oppostion au naturalisme et au matérialisme, cherche à développer un art nouveau qui fait appel à la suggstion et à l'intuition et au moyen des sensations et des impressions que les choses provoquent.
Les oeuvres du symbolisme s'inspirent de la spiritualité, de l'imagination, de rêves et sont imprégnées de métaphysique, de mystère, voire de mysticisme.

Je vous presente un poète que j'ai découvert : Afonso Henrique da Costa Guimarães, dit Alphonsus de Guimaraens (né le 24 juillet 1870 à Ouro Preto, Minas Gerais, Brésil – mort le 15 juillet 1921, à Mariana, Minas Gerais, Brésil) est un poète et écrivain brésilien.
Il écrivit surtout de la poésie et on le considère comme l'un des principaux symbolistes
Alphonsus était le fils d'Albino da Costa Guimarães, commerçant de Cepães, Braga, Portugal, qui était parti s'installer au Brésil, et de Francisca Paula Guimarães Alvim, elle-même nièce du poète Bernardo Guimarães.
Voici ma traduction (d'amateur) d'un de ses poèmes:

Ismália
XXXIII
Lorsqu’Ismália perdit la raison,
Elle monta sur la tour pour rêver ...
Elle a vu une lune dans le ciel,
Elle a vu une autre lune dans la mer

Dans le rêve où elle s’est égarée,
Au clair de lune elle s'est baignée ...
Elle voulait monter au ciel,
Elle voulait descendre à la mer ...

Et, dans sa divagation,
Dans la tour, elle s’est mise à chanter ...
Elle était tout près du ciel,
Elle était loin de la mer ...

Et comme un ange elle a baissé
Les ailes pour s'envoler ...
Elle voulait la lune du ciel,
Elle voulait la lune de la mer ...

Les ailes que Dieu lui a données
De chaque côté se sont déployées...
Son âme est montée au ciel,
Son corps est descendu à la mer …

Et voici le poème avec le texte original

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…

E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Alphonsus de Guimaraens 

Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de Julho de 1870 - Mariana, 15 de Julho de 1921, foi um escritor e poeta brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística... Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor  impossível,  da solidão e da inadaptação ao mundo. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.  Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em Cepães, Braga, Portugal, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, sobrinha do poeta Bernardo Guimarães (Wikipedia)
"..Sua poesia, equilibrada e uniforme, é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada (a morte da prima a quem amava, Constança, marcou profundamente a vida do poeta), e todos os outros temas que explorou – natureza, arte e religião – estão relacionados àquele…"

Em resposta ao convite da Prof. Lourdes e da sua 50ª edição do seu Poetizando e Encantando, escolhi a  4 Imagem-  Parte do mapa da América do Sul com destaque o Brasil em vermelho intenso e brilhante, no centro um girassol.

A força da amizade, um abraço especial aos amigos do outro lado do Atlântico, a quem agradeço e desejo as maiores felicidades :) com a minha participação desta semana:

imagem gentilmente cedida que transcrevo do blogue https://filosofandonavidaproflourdes.blogspot.com/ para o passatempo da amizade
Brasil 

De longe saúdo o Brasil,
no seu estado puro e cristalino,
na sua força como o diamante,
na teia de lendas e história,
que nos liga com glória,
ao doce país irmão.

O nosso abraço percorre
as cidades maravilhosas,
os trilhos de navegantes
que foram ganhar o pão,
que venceram a sua dor ,
na imensidão tropical,
ao largo do Bojador.

Foram lutas aguerridas,
tantas vidas perdidas,
tantas preces a um Deus maior.

Candura de índias formosas,
filhos guerreiros e valentes,
que cobriram de porcelana,
as fachadas do Maranhão.

Foi a epopeia sem honras,
do povo de Mazagão.

Um dia abriu-se uma flor,
pintada com as cores do sol,
e toda a paisagem sorriu,
no reino do beija-flor!

Angela

Espero que gostem :)

 
Prece (o fado) - Catarina Wallestein Publié par coloo

lundi 20 août 2018

Açores


Imagem do blogue da prof. Lourdes

Transcrevo as frases do "Poetizando e Encantando" que acompanham esta 4ª imagem:
Que Nossos melhores caminhos ainda sejam os guiados pela alma, sem pressa...com calma. Que nossas melhores escolhas ainda 
Sejam as feitas pelo coração, sem pressa...com Amor…

É com muito gosto que participo na 49ª edição do "Poetizando e Encantando" com a Prof. Lourdes !Obrigada amiga, espero que gostem! Com algumas fotos dos Açores, segue a minha participação :

Açores

Imagem que lembra os Açores
Terras de encanto
Ilhas-flores
No Atlântico em pranto
De um Portugal de além-mar

Estrada que percorre a verdura
Na tranquilidade pura
De caminhos que levam ao mar
Tocam os sinos a rebate
Da procissão a passar

Por navegadores cantadas
Por poetas descobertas
Portas de um novo mundo
Entreabertas,
Novos povos a chegar

Soltaram-se lavas do chão
Num delírio e profusão.
Seria a Atlântida a formar
Do oceano nove ilhas
Arquipélago e maravilhas

Onde se situa a ternura,
Percorrendo mares e ilhéus
Da lenda que ainda perdura
Névoa, magia dos céus !

Angela 

dimanche 12 août 2018

No principio dos tempos


Bom dia a todos !
"Chegamos a 48ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO  
A brincadeira tem como objetivo a  interação entre amigos, visitando e comentando   os blogues  participantes"
Para responder ao convite da nossa querida amiga prof. Lourdes e do seu Poetizando, copio a imagem que me inspirou,
1ª Imagem- Uma paisagem do entardecer no campo. Um grande lado, árvores, uma cerca e cavalos no pasto.

No principio dos tempos

No princípio dos tempos,
seriam os átomos que governavam o mundo,
sobrepunham-se aos deuses
adormecidos, no seu sono profundo.
Acordaram as divindades,
começaram os afazeres !

Foi o inicio de uma nova era,
de uma primavera,
que ouviu o bater dos seus núcleos.
Criou-se o encanto que enche o universo
e todo o contentamento que, por ele,
se encontra disperso !

De maravilhas se encheu o vazio,
verteu-se o azul que o mar tingiu,
coroaram-se os céus de auroras boreais,
imergiram arcos-iris e corais.
Os oceanos enfeitaram-se de continentes,
das terras brotaram as nascentes.

A frescura do ar envolveu as serras e os matagais,
da noite surgiu o luar.
Viram-se estrelas cadentes,
espalhou-se o perfume do vento.
Deram-se graças ao firmamento
pela história que estava por vir.

E eu abri os olhos no vale encantado,
onde colocaram cavalos para eu brincar,
e onde me foi dado tempo para contar os dias,
e para sonhar !

Angela


Le sujet me rappelle une chanson d’Amália Rodrigues que j’avais traduit (toujours en amateur!) sur l’autre blog,
Foi Deus (Amalia Rodrigues)
J'ai préparé la traduction pour vous aider à apprécier ce joli fado (pour les personnes qui ne comprenent pas le portugais).


Amália - Foi Deus 
Publié par kadiweu1969 Ajoutée le 7 déc. 2009
 Letra e Música: Alberto Janes 

C'est Dieu

Je ne sais, personne ne le sait
Pourquoi je chante le fado,
avec cet air empreint
De douleur et de pleurs
Et dans la souffrance de ce grand tourment
Je sens que mon âme au-dedans se calme
Grace aux vers que je chante.

C’est Dieu, qui a donné la lumière au regard,
Le parfum aux roses,
L’or au soleil et l’argent au clair de lune
C’est Dieu, qui m’a mis au cœur
Un rosaire de peines
Que peu à peu j’égrène
Et je pleure en chantant.
Et il a mis les étoiles dans le ciel,
Et il a fait l’espace sans fin,
Habilla de deuil les hirondelles
Ah! Et m’a donné à moi cette voix

Si je chante, je ne sais pas ce que je chante
Un mélange de bonheur, de nostalgie, de tendresse
Et peut-être d’amour.
Mais je sais qu’en chantant,
C’est comme lorsqu’un chagrin
Nous met sur le visage
les larmes qui nous font sentir mieux

C’est Dieu, qui a donné la voix au vent
La lumière au firmament,
Et le bleu aux vagues de la mer
C’est Dieu, qui m’a mis au cœur
Un chapelet de peines que peu à peu j’égrène
Et je pleure en chantant

Il a fait un poète du rossignol,
A mis dans les champs le romarin,
Il a donné les fleurs au printemps
Ah ! Et m’a donné à moi cette voix.
Ah ! Et m’a donné à moi cette voix.


Voici le texte original:

Foi Deus

Não sei, não sabe ninguém
porque canto fado
neste tom magoado
de dor e de pranto
e neste tormento, todo sofrimento
eu sinto que a alma cá dentro se acalma 
nos versos que canto. 

Foi Deus, que deu luz aos olhos
perfumou as rosas,
deu ouro ao sol e prata ao luar
Foi Deus, que me pôs no peito
um rosário de penas
que vou desfiando
e choro a cantar.

e pôs as estrelas no céu,
e fez o espaço sem fim,
deu o luto às andorinhas 
Ai, e deu-me esta voz a mim. 

Se canto, não sei o que canto
Misto de ventura, saudade, ternura
e talvez amor.
Mas sei que cantando,
sinto mesmo o quanto
se tem um desgosto
e o pranto no rosto nos deixa melhor.

Foi Deus, que deu voz ao vento
luz ao firmamento,
e deu o azul às ondas do mar
Foi Deus, que me pôs no peito
um rosário de penas
que vou desfiando
e choro a cantar

Fez poeta o rouxinol,
pôs no campo o alecrim,
deu as flores à primavera,
Ai, e deu-me esta voz a mim
Ai, e deu-me esta voz a mim.

Espero que gostem :)



dimanche 5 août 2018

Saio da cena


A nossa querida amiga Lourdes convida-nos:
Chegamos a 47ª EDIÇÃO DO POETIZANDO E ENCANTANDO.
Copio do seu blogue, a imagem que me inspirou, espero que gostem do meu texto, continuamos brincando com as palavras ! obrigada Lourdes :)
2ª Imagem- uma cadeira de balanço a moda antiga entre as flores, nela um chapéu feminino, ao lado uma mesinha, um caderno e uma xícara de chá.



Saio da cena


Saio da cena,
que durante tantos anos me apaixonou,
e deixo o meu poema.
Não falo, não grito,
respiro o perfume das laranjeiras,
dei o dito por não dito !

Pouso o meu chapéu,
desmancho as minhas tranças,
agarro o meu mundo.
Águas passadas não movem moinhos !
pinto novas luas,
respiro fundo.

Se o teatro terminou,
são as ondas brancas
que agora dão cor ao meu dia.
Estendo a passadeira,
chegam as naus profundas
e a história que as encobria.

Se na minha alma
ouço os passos da saudade,
se sinto o sabor de um beijo
nas desvanecidas esperanças,
escrevo no livro da amizade
e imagino-me abrindo as janelas de novos jardins !

Angela

Feliz fim de semana !
Foto de laranjeira no Algarve, com frutos e flores cujo aroma é denso e muito agradável!