Alguns poemas de língua portuguesa sobre as viagens e sobre a saudade ! Florbela Espanca, Cecília Meireles, Miguel Torga...
Notre amie Lourdes Duarte nous invite à "jouer aux poètes" en choisissant une image parmi celles qu'elle nous propose dans son blog.
En même temps, c'est également avec plaisir que je vous fais connaître trois jolis poèmes d'auteurs de langue portugaise, afin d'illustrer le thème sur les voyages, qui a quelque rapport avec la photo choisie:
Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca - poetisa portuguesa
Nasceu a 08 Dezembro 1894 (Vila Viçosa)
Morreu em 08 Dezembro 1930 (Matosinhos)
De longe te hei de amar
De longe te hei de amar,
– da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
é parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência
De longe te hei de amar,
– da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
é parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência
Cecília Meireles (1901 - 1964) – professeur et poétesse brésilienne
née à Rio de Janeiro, dans une famille d'origine portugaise des Açores qui était partie s'installer au Brésil.
Para ilustrar o tema do convite da Prof.ª Lourdes Duarte, escolhi a 8ª - Imagem - Uma jovem tomando o seu chá observando o por do sol com ar romântico, do blogue do Poetizando e Encantando:
née à Rio de Janeiro, dans une famille d'origine portugaise des Açores qui était partie s'installer au Brésil.
Ao entardecer
Finda-se o dia, digo adeus ao sol
Que conhece o meu lamento.
Raios de ouro secaram-me as lágrimas.
A saudade bate forte no meu ser,
E deixou frio o pensamento.
Foi longa a viagem até ao entardecer
Que cristalizou o tempo.
Meu amor ainda te lembrarás de mim?
Interrogo o horizonte;
Meu olhar perdido, anda a monte…
A ausência não varreu os sonhos
Que o vento tinge de brilho e alaranjado.
O poente ainda ilumina a esperança,
Com sinos de Ave Maria,
E cenários felizes que outrora tínhamos planeado.
Finda-se o dia.
O sol despede-se silencioso, e em agonia!
Angela
Finda-se o dia, digo adeus ao sol
Que conhece o meu lamento.
Raios de ouro secaram-me as lágrimas.
A saudade bate forte no meu ser,
E deixou frio o pensamento.
Foi longa a viagem até ao entardecer
Que cristalizou o tempo.
Meu amor ainda te lembrarás de mim?
Interrogo o horizonte;
Meu olhar perdido, anda a monte…
A ausência não varreu os sonhos
Que o vento tinge de brilho e alaranjado.
O poente ainda ilumina a esperança,
Com sinos de Ave Maria,
E cenários felizes que outrora tínhamos planeado.
Finda-se o dia.
O sol despede-se silencioso, e em agonia!
Angela
Aparelhei o barco da ilusão / J'ai appareillé le bateau de l'illusion
E reforcei a fé de marinheiro. / Et la foi de marin je l'ai renforcée.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro / Il était loin mon rêve, et sournois
O mar… / L'océan…..
(Só nos é concedida / (Seule nous est donnée
Esta vida / Cette vie
Que temos; / Que nous avons
E é nela que é preciso / Et c'est là
Procurar / Que nous devons chercher
O velho paraíso / Le vieux paradis
Que perdemos). / Que nous avons perdu).
Prestes, larguei a vela / Rapidement, j'ai lâché la voile
E disse adeus ao cais, à paz tolhida. / Et dis adieu au quai, à la paix ankylosée
Desmedida, / Demesurée,
A revolta imensidão / L'immensité en révolte
Transforma dia a dia a embarcação / Transforme tous les jours le bâteau
Numa errante e alada sepultura… / En une tombe errante et ailée...
Mas corto as ondas sem desanimar. / Mais je fends les vagues sans me décourager,
Em qualquer aventura, / Dans toute aventure,
O que importa é partir, não é chegar. / Ce qui compte c'est de partir, ce n'est pas d'arriver.
né le 12 août 1907 à Trás-os-Montes, et mort le 17 janvier 1995 à Coimbra
Neste video, um Flshmob no Aeroporto de Lisboa! Num aeroporto existe grande simbolismo de partidas e de viagens!Pour illustrer le thème des voyages, un aéoport est un grand symbole des départs !
KLM Portugal - Flashmob Aeroporto de Lisboa -
Vídeo Oficial
Publié par KLM Portugal Publicado a 03/04/2010
a KLM comemora 70 anos em Portugal e, para celebrar, surpreendeu os seus clientes com um flashmob no Aeroporto de Lisboa - Vídeo Oficial
Minha querida Ângela, surpreendentemente belas suas poesias! Poetizaste a saudade e não o esqueceimento da pessoa amada.
RépondreSupprimerSaudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Mesmo de longe, o amor continua forte e vivo!
Um poetar sublime como sublime é o sentimento amor!
De longe te hei de amar,
– da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
O desejo é a substância do amor! Quem ama deseja, se entrega.
eao entardecer, nem a distância nem a anciedade varreu os sonhos de encontrar a pessoa amada e tê-la nos braços.
A ausência não varreu os sonhos
Que o vento tinge de brilho e alaranjado.
O poente ainda ilumina a esperança,
Com sinos de Ave Maria,
E cenários felizes que outrora tínhamos planeado.
São tão lindas suas poesias que deixei destacada alguns versos, fragmentos do seu lindo poetar.
Amei a música como complemento. Parabéns! muito obrigada por mais uma vez participar lindamente! Abraços, seja muito feliz.
Boa noite de paz, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerQue postagem magnífica!
Na primeira poesia, a primeira estrofe é toda bela... o Amor quer ser recordado para sempre, eu creio nisso. Na sua eternidade para almas puras.
Na segunda poesia que ilustra seu post tem dois versos lindíssimos: "... o Amor é saudade
e o desejo, constância."
Per-fei-to!
Muita verdade contida neles.
Em sua poesia, há uma esperança linda:
"A ausência não varreu os sonhos"... não varre não, só dá saudade imensa, mas não espanta, une cada vez mais e mais...
Lindp poetar!
Vou ver vídeos com calma num momento de mais calma do que agora, amiga.
Adoro passear em seus vídeos muito bonitos sempre.
Precisamos sim procurar o paraíso do Amor, nada de desânimoo, o Amor merece ser amado.
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Quando agonia faz sua arte para alimentar-se no prato dia,
RépondreSupprimercria este desencanto. Mas ainda fica a dor de ver morrer o dia
sem esperança, na dor que alcança todo ser nesta triste travessia do dia.
Belas poesia na partilha Angela e seu poema vem méritos junto destes poetas iluminados.
Meu abraço de paz e luz.
Beijo de paz amiga.
Feliz domingo de abençoada semana.
Divina a sua inspiração ... Muitos parabéns!!! AMEI
RépondreSupprimerBeijos
Bom Domingo
Belíssima a sua participação!
RépondreSupprimerBjs
Viagens poéticas da saudade, presente ausência que inspira o versar.
RépondreSupprimerUm abraço. Tudo de bom.
💙 Parabéns pra você!
As escolhas de poemas são sublimes :)) Até o seu, Adorei este poetizando:))
RépondreSupprimerHoje:- Não consigo perceber este meu jeito.
Bjos
Votos de uma óptima de Domingo
As postagens da Angela são sempre pura sedução.
RépondreSupprimerBoa semana
Gostei dos autores que escolheu. Foi bom lê-los aqui.
RépondreSupprimerUma boa semana.
Um beijo.
Querida Angela, mais uma majestosa participação. Que linda poesia a sua!
RépondreSupprimerA ausência não varreu os sonhos
Que o vento tinge de brilho e alaranjado.
O poente ainda ilumina a esperança,
Com sinos de Ave Maria,
E cenários felizes que outrora tínhamos planeado.
Sabe porque nem o vento nem o tempo acabou com essas lembranças, poque o amor é grandioso e verdadeiro! parabéns por mais essa magnífica publicação. Abraços seja muito feliz.
Boa noite amiga! Estive esses dias com minha mãe e não tive tempo para atualizar todas as visitas, chegando e vindo aqui com todo carinho.
RépondreSupprimerEmbalada nas poesias do Noronha, você grande poetisa nos surpreende com esta pérola de poesia!Quando o amor é verdadeiro, nem a ausência varre os sonhos de amor! Parabéns!
Peguei um punhado de carinho e vim aqui pra te dar. Mas cuida bem, tem doçura, tem afeto e tem amor. Vai germinar! "
Abraços, seja feliz.
Boa noite!
RépondreSupprimerChegando com mais um convite para o poetizando que acabei de postar e esta semana com uma singela novidade. Espero que goste.
Lhe espero para mais uma vez abrilhantar com sua linda poesia esta BC.
Pensamento para refletirmos.
Não é a vida que é
complicada; nós é
que às vezes colocamos
demasiadas questões
em vez de aprendermos
a viver com as respostas
que temos.
Tenha um fim de semana com muitos pensamentos positivos, muito amor e paz.
Abraços
Não conhecia o poema de Cecília Meireles, mas gosto mto desta poetisa brasileira.
RépondreSupprimerEscolheste mto bem os poemas, cuja temática fosse a saudade. Gostei, particularmente, de Florbela Espanca.
Tu escreves mto bem, como já sabes, e ainda bem k apareceu a BC da Lourdes para tu, poeticamente, te dares a conhecer.
Um poema triste, mas repleto de esperança. O sol põe-se, mas fica a vontade da concretização.
Beijos, Ângela e grata pela tua visita e comentário.
Oi Angela
RépondreSupprimerGosto imenso de ler os poetas portugueses.
Adorei suas escolhas.
Voltando aos blog's depois de uma pausa grande.
meu abraço e prossigamos !
Lindíssimos poemas! :) E saudade, aquele sentimento e palavra que é só nosso. Beijinhos
RépondreSupprimer--
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