Accompagnons les flâneries de poètes de langue portugaise, les compositions de rimes, les pensées inquiètes ou riantes, de Fernando Pessoa, Luis de Camões, Florbela Espanca, António Nobre, Avelina Noronha, Manuel Fonseca...
(o tradutor à direita da página poderá contribuir para uma melhor compreensão dos textos. Obrigada)
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dimanche 18 juillet 2021
António Feijó - "O Amor e o Tempo / l'Amour et le Temps"
António Feijó (1859-1917), un poète portugais du mouvement parnassien:
António de Castro Feijó (Ponte de Lima, 1 de Junho de 1859 - Estocolmo, 20 de Junho de 1917) foi um poeta e diplomata português. Como poeta, António Feijó é habitualmente ligado ao Parnasianismo e o final da sua obra tende a um certo tom fúnebre. Morre em Estocolmo, a 20 de Junho de 1917, com 58 anos de idade, cerca de dois anos depois da morte prematura da esposa.
Le Parnasse ou mouvement parnassien:
Sur le net je trouve la définition suivante:
“Parnasse était un mouvement littéraire français de la seconde moitié du XIXe siècle, créé en réaction contre le romantisme de Víctor Hugo, le subjectivisme et le socialisme artistique. Les fondateurs de ce mouvement étaient Théophile Gautier et Leconte de Lisle. Le mot est d'origine grecque et se réfère au haut du mont Parnassus où étaient les muses inspirantes, qui étaient de petites déesses…”
O parnasianismo foi um movimento literário essencialmente poético que surgiu na França no final do século XIX, em oposição ao Realismo e Naturalismo, e tendo como consonância a valorização da cultura clássica e também o combate ao lirismo que os autores parnasianos consideravam excessivo nas nas correntes literárias que o antecederam.
Como principal frase de definição tem a “arte pela arte”, com o uso da linguagem culta e rebuscada.
Je vous invite à lire et à écouter pour ceux qui compreenent le portugais, le joli poème, avec la traduction plus bas en rouge:
O AMOR E
O TEMPO
Pela montanha alcantilada Todos quatro em alegre
companhia, O Amor, o Tempo, a minha
Amada E eu subíamos um dia.
Da minha Amada no gentil semblante Já se viam indícios de
cansaço; O Amor passava-nos adiante E o Tempo acelerava o passo.
– «Amor! Amor! mais devagar! Não corras tanto assim, que
tão ligeira Não pode com certeza
caminhar A minha doce companheira!»
Súbito, o Amor e o Tempo, combinados, Abrem as asas trémulas ao
vento… – «Por que voais assim tão
apressados? Onde vos dirigis?» – Nesse
momento,
Volta-se o Amor e diz com azedume: – «Tende paciência, amigos
meus! Eu sempre tive este costume De fugir com o Tempo… Adeus!
Adeus!»
António Feijó
O Amor E O Tempo Poema de António Feijó com narração de Mundo Dos Poemas
Publié par Mundo Dos Poemas . 8 juil. 2021
Ci-dessous, ma traduction d'amateur:
L'Amour et le Temps
Par la montagne escarpée Tous les quatre en joyeux entour, L'Amour, le Temps, ma Bien-Aimée Et moi, nous montions un jour.
De ma Bien-Aimée sur le doux semblant Des signes de fatigue il y avait déjà; L'amour de vitesse nous gagnant Et le temps qui accélérait le pas.
- "Amour! Amour! Plus doucement! Ne cours pas tant, car de si légère Elle ne peut sans doute pas marcher Ma douce compagnière!»
Soudain, l'Amour et le Temps, combinés, Déploient leurs ailes tremblantes dans le vent... – « Pourquoi volez-vous si pressés ? Où vous dirigez-vous?" - À ce moment,
L'amour se retourne et dit avec amertume : – « Soyez patients, mes amis ! J'ai toujours eu cette coutume De avec le Temps m'enfuir… Adieu ! Adieu!"
António Feijó
Fez os estudos liceais em Braga, de onde partiu, em 1877 para Coimbra, onde concluiu o curso de Direito em 1883. Dirigiu, juntamente com Luís de Magalhães, a Revista Científica e Literária publicada nos seus tempos de estudantes académicos da Universidade de Coimbra.
Em 1886 ingressou na carreira diplomática.
Exerceu cargos diplomáticos no Brasil (consulados nos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Sul) e, a partir de 1895, na Suécia, assim como na Noruega e na Dinamarca.
Desposou em 24 de Setembro de 1900 a sueca Maria Luísa Carmen Mercedes Joana Lewin (nascida em 19 de agosto de 1878), cuja morte prematura, em 21 de setembro de 1915, o viria a influenciar numa temática fúnebre, patente na sua obra. Wikipedia
Li um pouco de António Feijó que desconhecia até que no início do século encontrei o seu busto em frente do município de Ponte de Lima. Abraço, saúde e bom fim de semana
Fiquei a conhecer aqui.
RépondreSupprimerBoa semana
Há tanto tempo que não leio António Feijó. Foi bom encontrá-lo aqui.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Uma publicação muito interessante!! :))
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Procuro a paz que anda perdida
-
Beijo, e uma excelente semana..
"Amor! Amor! mais devagar!
RépondreSupprimerNão corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!"
Mais uma belíssima escolha do seu delicado coração, querida amiga.
Seja feliz e abençoada!
Beijinhos
Boa apresentação amiga.
RépondreSupprimerEu gosto dos parnasianos que no Brasil fizeram belos momentos.
Grato pela cultura sempre viva aqui.
Um abraço com carinho.
Já aprendi qualquer coisa hoje! :) Um bonito poema.
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Show de poesia, apreciei muito!
RépondreSupprimerBeijos!
Li um pouco de António Feijó que desconhecia até que no início do século encontrei o seu busto em frente do município de Ponte de Lima.
RépondreSupprimerAbraço, saúde e bom fim de semana