Miguel Torga (1907 -1995), poète portugais
Alors qu'il pratique la médecine dans diverses régions du Portugal, puis qu'il s'établit à Coimbra ....Miguel Torga amorce sa carrière d'écrivain, publiant pendant de nombreuses années ses ouvrages
Après la publication de son roman autobiographique O Quarto Dia da Criação do Mundo (1939), il est arrêté et incarcéré pendant deux mois de décembre 1939 à février 1940. Son humanisme et son agnostisme apparaissent conjugués dans son œuvre qui pose un regard sensible, mais lucide, sur la condition humaine (Wikipedia)
Après la publication de son roman autobiographique O Quarto Dia da Criação do Mundo (1939), il est arrêté et incarcéré pendant deux mois de décembre 1939 à février 1940. Son humanisme et son agnostisme apparaissent conjugués dans son œuvre qui pose un regard sensible, mais lucide, sur la condition humaine (Wikipedia)
Voici ma traduction du joli poème sur le désir de liberté ADRIANE de Miguel Torga (écrit lorsqu'il était en prison):
Ariane est un navire.
Il a des mâts, des voiles et le drapeau à la proue,
Et il est arrivé en un jour blanc et froid,
À ce fleuve Tage de Lisbonne.
Chargé de rêve, il a jeté l’ancre
Dans la clarté de ces barreaux ...
Le cygne de tous, qui est parti, revenu
Uniquement pour ceux qui ont les yeux de la nostalgie...
Deux frégates sont allées voir qui c'était
Un tel miracle: c'était un navire
Qui se balance là et qui m'attend
Parmi les mouettes qui se reunissent sur le fleuve.
Mais c'est moi qui n'ai pas encore pu par mes pas
Quitter cette prison de tout mon corps,
Et lever l'ancre, et tomber dans les bras
D'Ariane, le voilier "
ARIANE, Miguel Torga - Inês Nogueira
Publié par RTP
Ajoutée le 1 avr. 2011
Le texte original:“Ariane é um navio.
Tem mastros, velas e bandeira à proa,
E chegou num dia branco e frio,
A este rio Tejo de Lisboa.
Carregado de sonho, fundeou
Dentro da claridade destas grades…
Cisne de todos, que se foi, voltou
Só para os olhos de quem tem saudades…
Foram duas fragatas ver quem era
Um tal milagre assim: era um navio
Que se balança ali à minha espera
Entre gaivotas que se dão no rio.
Mas eu é que não pude ainda por meus passos
Sair desta prisão em corpo inteiro,
E levantar a âncora, e cair nos braços
De Ariane, o veleiro”
Miguel Torga
"No cativeiro, escreve Torga um dos seus mais belos poemas, um autêntico hino à liberdade, ou melhor, à ânsia de liberdade na ausência dela".
Adolfo Correia da Rocha, consultório no Largo da Portagem, Coimbra, frequentemente avistado n'A Brasileira, não muito conversador, não muito simpático.
RépondreSupprimerAmigo do meu falecido padrinho.
já tinha pensado que o Pedro deve ter memórias das vivências do Miguel Torga em Coimbra :)
SupprimerGostei muito da partilha!bj
RépondreSupprimerGostei muito da partilha!bj
RépondreSupprimerCustei entender que mãe não é
RépondreSupprimersó a mulher que nos põe no mundo,
mas também a que nos ensina a com-
preendê-lo. Pena que a gente, depois
de achar que aprendeu tudo, voa
para longe do ninho e esquece de
quem nos deu, de graça, o brevê
de piloto. Mãe deve ser isso, ou
seria aquela que chora quando os
olhos da gente umedecem, sofre
quando a dor pensa doer na gente e
sorri com as bobagens que a gente
faz? Pois seja ela quem você achar
que ela é, mas, por favor, não se
esqueça de agradecê-la por tudo que
ela fez por você, e de pedir perdão
por você não ser tão feliz como ela
desejava.
silvioafonso
.
obrigada Silvio, pelo reforço em poesia :)
SupprimerPoema à mãe, de Eugénio de Andrade
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
(continua)...
Muito bonito e interessante o escrito do Torga neste degredo. O canto da liberdade daqueles que sofrem e sofreram com o braço duro de sistema duros e opressores.
RépondreSupprimerÉ mais do que um poema Angela.
Grato por partilhar querida.
Abraços com carinho.
Sim Toninho, Miguel Torga ficou preso algum tempo por defender ideias sobre a liberdade... E na prisão escreveu este poema
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