En cherchant un poème sur le moi de mai qui commence aujourd'hui, je me demandais si ce mois inspirait les poètes!
Oui, c'est un renouveau, les jours clairs, les floraisons, les nouvelles aventures de la vie...
Voici un poème sur le mois de mai qui commence aujourd'hui.
Son auteur, Ruy Belo poète portugais (1933 - 1978)E Tudo Era Possível
| Poema De Ruy Belo com narração de Mundo Dos Poemas
Publié par Mundo Dos Poemas •15 juil. 2020
E Tudo Era Possível
Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer
Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer
Ruy Belo
Et Tout Était Possible (ma traduction d'amateur)
Dans ma jeunesse avant de partir
de la maison de mes parents prêt à voyager
je connaissais déjà le déchaînement de la mer
des pages des livres que j'avais déjà lus
Le mois de mai arrivait et tout était fleuri
le flux des matins se mettait à tourner
et il fallait entendre le songeur qui parlait
de la vie comme si cela s'était déjà produit
Et tout se passait dans une autre vie
et il y avait pour les choses toujours une sortie
C'était quand? Moi-même je ne saurais le dire
Je sais seulement que j'avais le pouvoir d'un enfant
entre les choses et moi il y avait de la proximité
et tout était possible si on le voulait
Dans ma jeunesse avant de partir
de la maison de mes parents prêt à voyager
je connaissais déjà le déchaînement de la mer
des pages des livres que j'avais déjà lus
Le mois de mai arrivait et tout était fleuri
le flux des matins se mettait à tourner
et il fallait entendre le songeur qui parlait
de la vie comme si cela s'était déjà produit
Et tout se passait dans une autre vie
et il y avait pour les choses toujours une sortie
C'était quand? Moi-même je ne saurais le dire
Je sais seulement que j'avais le pouvoir d'un enfant
entre les choses et moi il y avait de la proximité
et tout était possible si on le voulait
Sobre o poeta português Ruy Belo:
"Rui de Moura Ribeiro Belo (São João da Ribeira, Rio Maior, 27 de fevereiro de 1933 — Queluz, Sintra, 8 de agosto de 1978)
foi um poeta e ensaísta português.
Ruy Belo nasceu em S. João da Ribeira, pequena aldeia do concelho de Rio Maior, em 1933. Foi aluno do liceu de Santarém e cursou Direito, primeiro na Universidade de Coimbra, depois na Universidade de Lisboa, onde se diplomou em 1956.
De partida para Roma, doutorou-se em Direito Canónico na Universidade de S. Tomás de Aquino. Em Lisboa, viria a frequentar também a Faculdade de Letras, terminando em 1967 a licenciatura em Filologia Românica. Além de actividade no domínio editorial, Ruy Belo foi também professor..."
MUito linda e bem escolhida poesia! Gostei! Feliz Maio! bjs, chica
RépondreSupprimerFantástica publicação!! :)
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Coisas de uma Vida
~
Beijo, e um excelente fim de semana.
Ruy Belo é um grande poeta que muito admiro. Foi bom encontrá-lo aqui.
RépondreSupprimerUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Gosto muito, muito mesmo.
RépondreSupprimerBoa semana
Um poeta de que gosto muito.
RépondreSupprimerAbraço e saúde
Bom dia sereno, querida amiga Ângela!
RépondreSupprimerDesde criança eu conhecia o barulho do mar também.
Foi assim comigo o encantamento igualmente.
Para quem crê, tudo é mesmo possível... Eu creio.
O video ficou lindo no poema declamado.
Que seu Maio seja florido aí!
Não conhecia o poeta. Gostei da sua escolha uma vez mais.
Hoje estou agradecendo seu carinho do vídeo que muito me emocionou, com muita gratidão:
https://flordocampo3.blogspot.com/2021/05/cabine-floral-de-silencio.html
Gentileza gera recíproca, amiga.
Tenha um final de semana abençoado junto aos seus familiares!
Beijinhos carinhosos e fraternos
Belíssima partilha, querida Angela.
RépondreSupprimerAdorei conhecer o poeta.
Um beijinho carinhoso
Verena.
Olá, querida Ângela!
RépondreSupprimerEspero que estejas bem de saúde e que o tempo pelo teu Algarve esteja ameno. Por aqui, só tivemos um dia satisfatório no sábado passado.
Conheço, satisfatoriamente, a poesia de Ruy Belo, mas não conhecia este soneto, que é tão puro e lindo.
Pois é, noutros tempos, tudo era possível, bastava um estalar de dedos, mas agora tudo é tão complexo. Ele alude o mês de Maio como sendo quase mágico, mas não sei o motivo.
Se todos quiséssemos ter atitudes de criança, todos os meses do ano seriam assim como Maio, mas 90% não quer. Lutas, ofensas verbais e físicas, enfim, uma guerra que não tem fim. A Pandemia não mudou as pessoas, pke tudo e todos continuam e continuarão iguais.
Gostei mto da declamação do poema.
Beijinhos, saúde e boa semana.
Que belo, não conhecia! :)
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Até então não tinha lido e ou ouvido.
RépondreSupprimerGostei de seu poetizar em belissimo soneto.
Grato amiga.
Abraços
Não conhecia Ruy Belo
RépondreSupprimerE foi tão bom conhecê-lo
Como poeta e o desvelo
Dele em soneto singelo
Mostrando o paralelo
Mundos entre várias vidas
Entre o real e as sentidas
Na alma ao seu regalo.
Parabéns pela postagem! Abraço fraterno. Laerte
Será mesmo que esqueci de
RépondreSupprimercitar o pobre coitado?
Quem sabe a borboleta não
o pegou metendo a língua
na mosca que passava
despercebida, hein!
-Mexe comigo, mexe! Mexe
que eu solto a língua, digo,
solto o verbo.
Ângela, te amo. Um beijo
e ótimo domingo para você
e os seus.